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Comportamento

Aos 10 anos, Nícolas toca "Marcha Turca" no piano e impressiona

Ele pratica as aulas há apenas quatro anos e já toca o instrumento com destreza e maestria

Por Idaicy Solano | 19/05/2024 07:00
Aos 10 anos de idade, Nicolas surpreende com altas habilidades para tocar piano (Foto: Juliano Almeida)
Aos 10 anos de idade, Nicolas surpreende com altas habilidades para tocar piano (Foto: Juliano Almeida)

Com apenas 10 anos de idade, Nícolas Rodrigues surpreende a todos ao tocar com maestria e destreza o clássico "Marcha Turca" no piano. Ele pratica as aulas há apenas quatro anos, mas já demonstrou para a professora de piano, Daniela Santos Benanto, 51, que possui muita habilidade com o instrumento.

Além da prática, a professora trabalha a teoria com Nícolas, em exercícios escritos, com tempo estipulado para realizar as atividades. “O estilo dele é música clássica, só que a gente vai adaptando, vai colocando alguns acordes, algumas músicas que ele quer tocar. Algumas músicas são de videogame, que ele gosta, outras mais rápidas, que nem a marcha turca”.

A professora ressalta que o ponto principal, é que a música trabalha o cognitivo e trabalha a concentração dele. “O que ele fez em quatro anos, demoraria uns seis pelo menos, na faixa etária dele. Um estudo de piano, no mínimo, vai uns 10, 12 anos. [Ele] é um talento bruto que precisa ser lapidado”, reforça a professora.

Próximo objetivo da criança é tocar a música 'Brasileirinho' no piano (Foto: Juliano Almeida)
Próximo objetivo da criança é tocar a música 'Brasileirinho' no piano (Foto: Juliano Almeida)
Professora explica que Nicolas gosta de tocar músicas rápidas (Foto: Juliano Almeida)
Professora explica que Nicolas gosta de tocar músicas rápidas (Foto: Juliano Almeida)

Nícolas tem diagnóstico de TEA (Transtorno do Espectro Altista), e além de ter os pensamentos muitos "acelerados", possui dificuldade em manter o foco e a concentração na realização de tarefas.

A professora conta que na primeira aula, Nícolas tocou o piano por uns dez minutos, e levantou, já querendo ir embora. Questionado do porquê quis deixar a aula, ele já nem se lembra mais. “Mas eu acho que era porque eu não conhecia bem o piano”, diz.

Porém com o decorrer das aulas, o interesse da criança foi crescendo cada vez mais, e logo Daniela notou que Nícolas aprendia as lições rápido demais, além da destreza e maestria dele para tocar. Ela também percebeu que o aluno não gostava de músicas lentas. Daniela dá aulas de piano há 20 anos, e garante que nunca encontrou um aluno igual ao Nícolas. “Ele surpreendeu a gente mesmo”.

“O cérebro dele é acelerado, e ele tinha uma certa impaciência e era muito disperso, passou alguma coisinha aqui, ele já distraía. Agora com o piano, não, ele foca, e a gente consegue acelerar as lições dele. E ele é o estilo de aluno que toca rápido, ele gosta das músicas mais aceleradas, porque o cérebro dele pensa rápido então ele executa rápido”, explica Daniela.

Daniele ao lado do aluno, Nicolas durante as aulas de piano (Foto: Juliano Almeida)
Daniele ao lado do aluno, Nicolas durante as aulas de piano (Foto: Juliano Almeida)
Daniela mostra caderno de atividades de Nicolas, onde cada exercício tem um tempo estipulado para ele completar (Foto: Juliano Almeida)
Daniela mostra caderno de atividades de Nicolas, onde cada exercício tem um tempo estipulado para ele completar (Foto: Juliano Almeida)

Conforme explica a mãe de Nícolas, Michele Rodrigues, 52, ela colocou o filho para fazer as aulas de piano, como uma tentativa para trabalhar a concentração e o foco da criança. Após as aulas, ela notou que o filho tem mais concentração e melhorou bastante a coordenação motora fina.

“Ele precisa de vários estímulos, e a gente estava passando pela pandemia, e na pandemia procurei coisas pra ele fazer que fossem legais, agradáveis. Fui procurar o hipismo, e ele não se interessou. Aí a gente procurou o karatê, mas levou um tempo pra ele engrenar”, conta Michele.

Michele submeteu o filho a testes de QI e altas habilidades, e o resultado foi positivo. Ela comenta que as escolas, às vezes, não estão preparadas para estes alunos, porque eles são questionadores e são desafiadores. "Eles desafiam porque eles também querem ser desafiados. E [após o teste de altas habilidades] foi legal porque, eu descobri outras famílias, descobri um mundo novo onde eu vi que várias coisas, vários desafios que a gente estava passando, outras famílias também passam", finaliza.

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