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Comportamento

Aos 39 anos, Daniel quer ser 1º DJ com paralisia cerebral do Estado

Com vontande de ser DJ na linha gospel, ele precisa de apoio para conseguir equipamentos

Por Jéssica Fernandes | 03/10/2023 07:34
Daniel Aparecido quer ser 1º DJ com paralisia cerebral do Estado. (Foto: Henrique Kawaminami)
Daniel Aparecido quer ser 1º DJ com paralisia cerebral do Estado. (Foto: Henrique Kawaminami)

Aos 39 anos, Daniel Aparecido Galvão da Silva tem o sonho de ser o primeiro DJ com paralisia cerebral do Estado. A paixão pela música é grande, é o que sempre o distraiu e é ela que toma o tempo dele. Com apenas um computador em casa e uma caixa de som, Daniel tem o sonho, mas falta os equipamentos adequados para dar continuidade nele.

O diagnóstico de paralisia cerebral foi dado quando ele tinha 2 anos de idade. “Não tinha o teste do pezinho, minha mãe achou estranho porque cheguei aos dois anos e não andava. Ela resolveu levar ao médico e ele indicou de levar para a Apae porque eu tinha paralisia cerebral. Fiquei na Apae um tempo e depois de adulto comecei a frequentar a escola normal”, conta.

Escola, fisioterapia e esporte adaptado fizeram parte da adolescência de Daniel, que começou a ficar cada dia mais interessado pela música. Na época em que era velocista, o aspirante a DJ já demonstrava mais interesse em seguir outro caminho. “Gosto demais da música”, afirma.

Nas mãos, ele segura alguns dos remédios que precisa tomar. (Foto: Henrique Kawaminami)
Nas mãos, ele segura alguns dos remédios que precisa tomar. (Foto: Henrique Kawaminami)

Nesse período, Daniel ainda não tinha o sonho de ser DJ, mas como usava muito a internet acabou encontrando quem veio a ser inspiração. “Eu ficava vendo os vídeos do DJ Marquinhos Espinosa. Sempre que eu estava triste, para baixo, ficava ouvindo música porque é uma coisa que me acalmava para caramba. Isso desde adolescente”, pontua.

Neste ano, ele decidiu seguir o sonho de ser DJ e logo percebeu que não seria fácil. Como faz uso de medicamentos e nem sempre consegue retirar gratuitamente, Daniel usa o dinheiro para o próprio tratamento. “Pensei comigo que daria certo, que vou conseguir, mas aí tenho os remédios para comprar. Custa uns R$ 200 e pouco”, explica.

Além dessa problemática, Daniel enfrentou mais um dilema devido a religião. "Pensei comigo: ‘Qual igreja vai aceitar?’. Conversando fui na célula da igreja Sara Nossa Terra, comentei a vontade que tinha e fui correr atrás. Agora tô tentando retomar de novo", fala.

Com a ideia de ser um DJ do gospel, Daniel precisa duas caixas de som, mesa e uma controladora. Quem quiser ajudar pode entrar em contato pelo perfil Daniel Galvão.

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