Aos 59 anos, Márcia decidiu ser feliz como "Vovózinha Motoqueira"
Só depois de ver os filhos adultos, ela retomou o hobby que é seu maior prazer no dia a dia
Aos 12 anos, Márcia Terra descobriu nas motos a paixão que a seguiria pelas próximas décadas. Hoje, aos 59 anos, ela realiza viagens pelo País na companhia da Kawasaki ZX 10 e faz planos para pilotar rumo ao Deserto de Atacama, no Chile.
“Comecei a andar de moto com 12 anos, quando era molecona, em Dourados. Depois que casei, só andava quando ia em Dourados, mas não tive mais moto. Fiquei muitos anos sem ter moto”, diz.
Depois que os filhos ficaram adultos, ela decidiu retomar o hobby. “Quando meus filhos casaram, saíram de casa e eu voltei a andar. Sempre fui apaixonada, mas engavetei o sonho, porque era perigoso deixar filho para andar de moto”, relata.
Com o passar do tempo, ela foi adquirindo outros modelos até comprar um que era o grande sonho de vida. “Fui comprando moto maior, mais potente e comprei a esportiva, que era meu sonho”, frisa.
Ela já foi para São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e agora, está no meio de um desafio. “Tem um grupo chamado Fazedores de Chuva e eles tem uns desafios. Agora, estou viajando todos os municípios de Mato Grosso do Sul. Fiz 32, mas na semana retrasada, fiz 11 de uma vez”, destaca.
Além de conhecer o Brasil, Márcia recentemente pilotou de moto para a Argentina. Dessa vez, a viagem contou com a presença de amigos e o marido. “Foram 3.800 quilômetros. Fomos eu, meu marido e colegas de Dourados, foi muito legal. Em março, fui para Argentina para ver o Moto GP, porque sou alucinada por corrida e gosto muito do Valentino Rossi”, expressa.
Perto de fazer aniversário, a motociclista diz que está em um ciclo de comemorações. “Em outubro, vou fazer 60 anos e tô comemorando muito, porque a pandemia passou, eu to viva e andando de moto”, comenta.
Apesar da atividade ser algo natural, ela expõe que as pessoas constantemente ficam surpresas ao vê-la pilotando. “Quando eu chego para abastecer, o pessoal fica: ‘Ah, é mulher’. É assim porque é uma mulher velha pilotando, então as pessoas ficam muito surpresas. Para mim, é natural, porque meu pai me criou muito livre”, justifica.
Acreditando que idade é apenas um número, Márcia procura fazer tudo que está ao seu alcance. Futuramente, ela ainda quer pegar a moto e sair sem hora para voltar. “Mais pra frente, quero estar com outra moto e sair sem prazo”, conclui.
Quem quiser acompanhar as aventuras dela, o Instagram é @vovozinhamotoqueira.
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