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Comportamento

Aos 93, Rosalina só aceitou se mudar levando um caminhão de plantas

Com saúde de sobra, ela está acostumada a contar sua ‘receita’: comer o máximo de alimentos naturais

Por Aletheya Alves | 16/12/2024 06:20
Parte das plantas que foram trazidas de Aquidauana. (Foto: Marcos Maluf)
Parte das plantas que foram trazidas de Aquidauana. (Foto: Marcos Maluf)

Há menos de um ano morando em Campo Grande, dona Rosalina Azevedo dos Santos garante que já se acostumou com a Capital. Mesmo assim, vira e mexe se preocupa com as bananeiras e árvores que deixou em Aquidauana, parte da vegetação que não coube no caminhão de mudança. Aos 93 anos, ela faz questão de cuidar das plantas na casa da filha e, agora, se diverte dando a “receita” para viver bem.

Tendo crescido no interior, Rosalina passou a maior parte da vida em fazendas na região de Bonito. Lá, o marido se dividia entre os serviços urbanos e rurais, enquanto ela cuidava da família e preparava as refeições para os peões.

É a partir desse modo de vida que ela começa a explicar sobre sua saúde. “Acho que eu sempre comi tudo muito natural desde pequena. Era arroz, feijão, mandioca e carne, tudo feito e preparado ali por perto mesmo”.

Em um período, até o açúcar era produzido no “quintal” de casa a partir da cana. No fim das contas, só o sal precisava ser comprado industrializado.

Companheiro de Rosalina foi deixado por amigos. (Foto: Marcos Maluf)
Companheiro de Rosalina foi deixado por amigos. (Foto: Marcos Maluf)
Durante seu dia, ela se dedica a produzir tapetes para passar o tempo. (Foto: Marcos Maluf)
Durante seu dia, ela se dedica a produzir tapetes para passar o tempo. (Foto: Marcos Maluf)

Também foi graças à criação nas fazendas que a mulher se apegou à natureza e nunca mais abandonou as plantas. Depois de Bonito, a família se mudou para Aquidauana. Por ali, mesmo morando na cidade, a escolha foi de encher a casa de verde.

“Eu criei meus filhos lá em Aquidauana, sempre gostei muito. Para me mudar para cá, eu vim e fiquei um mês, depois voltei, depois fiquei de vez. Não consegui trazer tudo, mas a gente quase encheu um caminhão com as plantas”, explica.

Além das plantas, também trouxe uma ave que era de vizinhos amigos. Segundo a filha, Otília Azevedo dos Santos, o animal foi autorizado pelo Ibama e, por isso, seguiu com a mãe em Campo Grande.

Vendo a parte verde como uma terapia, a matriarca destaca que outro segredo para se manter saudável é não ficar parada. Então, ela rega as plantas e se dedica a produzir tapetes.

Durante a vida, para aumentar a renda de casa, Rosalina também costurava. Hoje, já não é mais necessário, então a técnica fica como hobby.

Outro “segredo” é se divertir do jeito que pode, em seu caso é com um pássaro deixado por amigos. Ela explica que o animal era de outra família e, quando faleceram, o bicho se tornou uma herança.

“Não tem muita coisa para fazer, acho que é mais isso de cuidar o que você come. Eu passo os dias bem, faço minhas coisas e continuo tentando me alimentar mais com coisas naturais. Acho que esse é o segredo”, brinca.

Quintal em que Rosalina gosta de passar suas tardes. (Foto: Marcos Maluf)
Quintal em que Rosalina gosta de passar suas tardes. (Foto: Marcos Maluf)

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