Bar curioso de um baiano vende roupa, cachaça e até cabeça de pacu
Aos 72 anos, proprietário cuida do lugar que é mistura de bar e brechó com muitas peças curiosas
Cabeça de pacu, roupas, molho de pimenta e pele de porco são alguns dos itens que Marcelino Pereira, de 72 anos, vende a partir de R$ 3 e, às vezes, até de graça. O lugar, que é uma mistura de bar, brechó e peixaria, desperta curiosidade pela infinidade de produtos.
Passando pela rua, a placa ‘Temos cabeça de pacu e pele de corpo’ chamam atenção, pois logo atrás estão várias roupas penduradas no varal. As peças compõem o cenário onde também está uma mesa de bilhar e o senhor sentado na cadeira
Natural da Bahia, Marcelino veio para Mato Grosso do Sul em 1984. Desde então, ele vive no Bairro Panorama. “Gostei daqui e daqui não saio”, declara. Sentado na cadeira ouvindo a música que vem do jukebox, o dono do bar convida a reportagem para ocupar as cadeiras livres que o cercam.
Há anos, o baiano administra o local onde a bebida é o ‘carro-chefe’ e o que mais atrai a clientela. “Aqui sai mais a cervejinha, esses panos eu quase não vendo”, diz.
Calças jeans, vestidos, shorts e camisas são algumas das peças que preenchem dois varais no quintal. Outros tecidos, como mantas e cobertores estão espalhados pelo lugar. Questionado sobre o preço das roupas, Marcelino brinca. “É de graça. Quem quiser vem, pega e leva”, afirma.
Além das roupas, ele também tem uma coleção de sapatos à venda. Em cima da mesa, a quantidade de tênis e sandálias espalhadas indicam que os itens também não tem muita saída.
Após conversar sobre os clientes, há quanto tempo tem o empreendimento e que ninguém que frequenta o bar dá trabalho, Marcelino mostra a parte interna e a prateleira das bebidas. Próximo a elas está o freezer onde fica armazenada a pele de porco. “Serve pra botar no feijão”, diz o vendedor.
Apesar de ter um bom estoque da pele de animal, as cabeças de pacu estão em falta. A parte do peixe, ao contrário das roupas, nunca ficam paradas tempo demais, pois sempre tem alguém disposto a comprar.
O negócio de Marcelino é bem curioso pelas aleatoriedades que compõem o cenário. Enquanto a jukebox mostra que tem funcionalidade, a máquina de garapa virou item decorativos após estragar. A garapeira é usada para apoiar um quadro pintado pela neta e vários outros bonecos.
No lugar onde se vende de tudo, o senhor faz questão de sempre oferecer um copo de cachaça ao cliente.
Confira a galeria de imagens:
Siga o Lado B no WhatsApp, um canal para quebrar a rotina do jornalismo de MS! Clique aqui para acessar o canal do Lado B e siga nossas redes sociais.