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Comportamento

Buscando reconhecimento, baianas de acarajé terão curso só para elas

Neste ano, as trabalhadoras entraram no radar do Iphan/MS; objetivo é valorizar o ofício também por aqui

Por Aletheya Alves | 10/11/2024 07:29
Mãe Solange é uma das baianas de acarajé reconhecidas em Campo Grande. (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)
Mãe Solange é uma das baianas de acarajé reconhecidas em Campo Grande. (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)

Em 2024, uma série de ações começou a ser desenvolvida para valorizar e impulsionar as baianas de acarajé que mantêm a tradição ativa em Mato Grosso do Sul. Reconhecidas como patrimônio cultural brasileiro desde 2024, agora elas irão ganhar um dia de programação especial para se capacitarem ainda mais.

Conforme divulgado pelo Iphan/MS (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o evento será totalmente gratuito e realizado entre os dias 25 e 30 de novembro. “O ofício das baianas de acarajé e os saberes associados a ele, isto é, todo o universo cultural que envolve a prática, tais como sua relação com a religiosidade de matriz africana e o reconhecimento da importância do legado dos ancestrais africanos no processo histórico de formação de nossa sociedade, é reconhecido como patrimônio”, descreve o superintendente do instituto, João Santos.

Para salvaguardar e impulsionar essas mulheres, haverá o curso “cultura e empreendedorismo para as baianas de acarajé” no Senac Turismo e Gastronomia.

“Com essas iniciativas, buscamos fortalecer a autodeterminação e a organização das detentoras, além de contribuir para sua sustentabilidade econômica, um elemento crucial na preservação e continuidade deste patrimônio cultural brasileiro”.

Na programação, sempre das 7h30min às 11h30min, haverá aulas sobre empreendedorismo, qualidade no atendimento, atendimento ao público LGBTQIA+, combate ao assédio infantil e às mulheres, boas práticas na manipulação do acarajé, apresentação pessoal, vestimentas baianas, montagem dos turbantes, maquiagem, produção do acarajé e montagem do tabuleiro.

Para compor o evento, há uma parceria entre o Iphan, o Senac, o Sidha MS (Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação), o Coletivo de Mulheres Negras de Mato Grosso do Sul e a Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau e Receptivos da Bahia (Abam).

Ao todo, 20 mulheres serão atendidas e o ponto principal é a certificação em manipulação de alimentos, um documento necessário para que elas consigam atuar nas ruas, feiras e eventos de Campo Grande.

Aquelas que se interessarem devem acessar o link clicando aqui e realizar sua inscrição.

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