Caneca virou aliada de Silvia, que luta dia e noite pela vida do filho
‘A conta não fecha’, desabafa mãe, que gasta R$ 3 mil com leite do bebê diagnosticado com anomalia anorretal
As canecas personalizadas de R$ 25 são o ganha pão de Silvia Jara da Silva, de 40 anos. Mãe solo de três, ela trabalha em casa para cuidar do filho que nasceu com anomalia anorretal. Aos nove meses, João Júnior precisa usar a bolsa de colostomia e consumir um leite especial que custa R$ 280.
Durante a gravidez do menino, ela realizou todos os exames exigidos, mas o diagnóstico veio só depois do parto. “Quando tive ele tive a surpresa porque ele nasceu com esse problema de saúde. O primeiro impacto foi que ele nasceu sem o ânus e logo ele operou. Na cirurgia infelizmente não teve como fazer a correção porque o intestino era distante. Aí teve que fazer o uso da bolsa”, explica.
Após 30 dias na UTI, o João e a mãe voltaram para casa. Silvia precisou deixar o emprego, mas passou a fazer em casa as canecas personalizadas. O trabalho, ela conta que aprendeu em Corumbá na época que teve o primeiro filho.
“Eu tenho um filho de 17 anos que nasceu com paralisia cerebral. Não tinha como trabalhar e eu comecei a fazer uns cursos de Corel Draw e consegui abrir uma loja, mas eu separei e vim embora para Campo Grande”, fala.
Além do diagnóstico de anomalia anorretal, João apresenta outros problemas de saúde. “Ele tem um sangramento muito grave na colostomia dele e descobriram que ele tem colite. É uma infecção no intestino todinho que causa sério problemas”, afirma.
Outra questão, segundo Silvia, é que a dieta do bebê exclui qualquer alimento com proteína. “Ele não pode comer carne vermelha, danone, bolacha. É só fruta, verdura e esse leite que dura 3 dias”, diz. O leite Novamil Rice custa R$ 230 e durante um mês ela gasta R$ 3 mil com o item.
Apesar de receber o BPC/LOAS (Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência) do filho mais velho e pensão do pai do caçula, a renda da família não acompanha os gastos médicos, do aluguel e outras despesas da casa. “A conta não fecha”, desabafa.
Para tentar conseguir novos clientes e vender mais canecas, Silvia procurou o Campo Grande News. Nas canecas, ela estampa qualquer arte que o cliente quiser, desde fotos, brasão de time a frases. Quem quiser encomendar uma, o contato dela é (67) 9. 9171-3860.
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