Casa com sol virou referência para ninguém ficar perdido no bairro
Sapo que fuma, simpatia dos moradores e o Fusca ‘Respeita o Vovô’ são preciosidades da casa no Piratininga
O sol está desbotando no muro, mas ele ainda consegue chamar atenção no Bairro Piratinga. Próximo dele, descansando na sombra, tem o Fusca 1983 que mostra autoridade através da frase ‘Respeita o Vovô’. O cenário resume a fachada do lar do simpático casal José Fernando dos Santos, de 72 anos, e Izildinha Castelari Santos, de 64 anos.
Casados há 46 anos, os dois são de Nova Andradina e há 33 anos moram na casa em Campo Grande. O sol veio bem depois como uma alternativa criativa para indicar a localização da casa. Quem conta essa curiosidade é a Ilzinha.
“Nós fomos para o Paraná e um homem que fabrica deu. Era uma burocracia para dar um ponto de referência da casa e ele falou: ‘Pera lá, vou aquele sol”. Na rua que desce pro Parati tem o sol no muro e aí já sabem onde é”, comenta.
Já o Fusca com o adesivo ‘Respeita o Vovô’ está há 14 anos na família. O carro é o xodó do mecânico que semanalmente tira um tempo para contemplar o carro. “Todo final de semana lavo ele e deixo ali. Aí eu fico olhando. Sou apaixonado pelo meu Fusca”, afirma.
Fernando só ficou longe do Fusca uma vez quando vendeu para outra pessoa e comprou de volta. Desde então ninguém coloca a mão no carro, sendo a única exceção concedida a Izildinha. Apesar do Fusca ser um charme, ele ainda não conquistou o coração das netas do casal.
“Quando vou levar elas na escola e vou de Fusca elas falam: ‘De Fusca eu não vou não. As minhas amigas vão de carro bonito’. Eu falo pra elas: ‘Minhas filhas, isso aí é uma relíquia”, conta Izildinha.
Além de ser uma relíquia em ótimo estado, o Fusca tem potência de motor de fazer inveja em muito carro do ano. Na cidade, o casal sempre passeia com o modelo que só não é usado para viajar.
A casa do sol - Na varanda da residência, as plantas cuidadas por ela se misturam às ferramentas de trabalho dele. Usando uma corrente, a estátua do sapo faz companhia para os vasos dispostos logo na entrada da casa. De vez em quando, só para fazer graça, Fernando coloca um cigarro na boca do sapo. “Não tem aquele ditado da cobra vai fumar?! Aqui é o sapo”, ri.
Além dos moradores, dois cachorrinhos e um casal de calopsitas. Segundo Izildinha a calopsita gosta de conversar. “Ele fala muito, ele canta parabéns, chega de manhã enquanto não dá um pedacinho de pão ele não sossega, né Lilico?!”, diz.
Depois, ela mostra as plantas do fundos e Fernando volta a trabalhar no conserto de um carro. A conversa segue mais um pouco até a despedida.
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