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Comportamento

Casal vendeu tudo na Europa para viajar América do Sul em “caminhão”

Jacqueline e Henning atravessaram o Atlântico com veículo em navio e incluíram o Pantanal na rota

Por Aletheya Alves | 17/08/2024 07:05
Jacqueline e Henning estão em sua segunda passagem por Campo Grande. (Foto: Aletheya Alves)
Jacqueline e Henning estão em sua segunda passagem por Campo Grande. (Foto: Aletheya Alves)

Ver motorhomes passando por Campo Grande já não é algo tão diferente, mas a curiosidade aumenta quando um caminhão adaptado com placa da União Europeia fica estacionado no Jardim dos Estados. Com um “bom dia, I don’t speak portuguese. Do you speak english?” (eu não falo português, você fala inglês?) somado a um sorriso antes mesmo das 8h, Jacqueline Weisser contou sobre como ela e o marido, Henning Oldekamp, venderam tudo na Alemanha para viajar pela América do Sul.

Esta é a segunda passagem do casal por Campo Grande desde que chegaram ao continente. Após atravessar o Oceano Atlântico com o motorhome em um navio e desembarcar no Suriname, a jornada tem envolvido viajar por alguns trechos do Brasil e países como Peru, Chile, Argentina e Bolívia.

Na Alemanha, Jacqueline trabalhava como fisioterapeuta, enquanto Henning atuava no ramo da jardinagem e paisagismo. Conforme o tempo passou, os dois amadureceram a ideia de viajar pelo mundo e a escolha foi começar pela América do Sul.

Caminhão precisou passar por duas tábuas para ser levado por barco. (Foto: Arquivo pessoal)
Caminhão precisou passar por duas tábuas para ser levado por barco. (Foto: Arquivo pessoal)
Onças vistas pelos turistas no Pantanal. (Foto: Arquivo pessoal)
Onças vistas pelos turistas no Pantanal. (Foto: Arquivo pessoal)

Jacqueline narra que o medo inicial era viajar sozinhos, sem estrutura, até que descobriram a empresa que fornece os caminhões-motorhome. A logística, de forma resumida, é a seguinte: viajantes interessados integram o grupo, atravessam o oceano e, ao chegarem no continente, seguem para suas viagens solo.

O diferencial é que no caminhão adaptado há tudo o que é necessário para as grandes viagens e, ao contrário de veículos simples, ele consegue atravessar terrenos que costumam complicar o percurso. Exemplo disso é que os dois já passaram por altitudes no Peru, Chile e Argentina, assim como enfrentaram o Pantanal.

E, sobre o Pantanal, Jacqueline garante que as memórias deverão seguir firmes por um bom tempo. Indo até Corumbá, os dois levaram o motorhome para o Rio Paraguai e o primeiro desafio foi conseguir subir no barco por dois pedaços de madeira.

Os dois comentam que as memórias sobre o Pantanal foram marcantes. (Foto: Arquivo pessoal)
Os dois comentam que as memórias sobre o Pantanal foram marcantes. (Foto: Arquivo pessoal)
Caminhão realmente tem sido utilizado em toda a viagem. (Foto: Arquivo pessoal)
Caminhão realmente tem sido utilizado em toda a viagem. (Foto: Arquivo pessoal)

Resumindo as experiências, ela cita que “o Pantanal é inacreditável, assim como o barco” e, na experiência, conseguiram ver onças pintadas, jacarés, além de pássaros diversos. Mostrando o binóculos que agora integra seus materiais, a viajante relatou que foram cerca de três dias observando a natureza por eles.

Por enquanto, além do Pantanal, o casal também conheceu parte da Amazônia e durante os próximos meses o mapa deve aumentar. Aqui em Campo Grande, os dois visitaram o Parque das Nações Indígenas e tentaram ir até o Bioparque Pantanal, mas os dias de abertura não bateram.

Saindo de Mato Grosso do Sul, a viagem deve tomar como novas paradas São Paulo (para uma reunião entre viajantes de motorhome) e, depois, o Paraguai, além de pontos de destaque como Patagônia e Ushuaia na Argentina.

Com o  fim da aventura ainda longe, também haverá tempo de percorrer a região litorânea do Brasil.

E, no meio de tanta coisa nova para os europeus, o que os dois mais destacam é algo que costuma ser dito por quem vem de fora: as pessoas. Tanto Jacqueline quanto Henning explicam que a receptividade é muito diferente de o que ocorre em seu continente e, no fim das contas, isso faz a viagem ser ainda mais interessante e acolhedora.

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