Casal viveu a calma de um “sim” no Pantanal, onde nem celular pegava

Não que isso seja um problema, mas a presença da tecnologia nas mãos muitas vezes deixa detalhes significativos, que podem se tornar memórias doces, passarem despercebidos. Isso era tudo o que a defensora pública Fernanda Luckmann Saratt, 30 anos, e o delegado Henrique Madureira Espíndola de Barros, 33 anos, não queriam em um dos momentos mais especiais da vida: o casamento.

Coincidentemente a escolha de casar pertinho da natureza trouxe também a calma de um lugar que nem sinal de celular pegava. Olhos de um casal e de convidados emocionados ficaram voltados especialmente para o “sim”, em um instante contemplado pelo pôr do sol e o canto dos pássaros.

O casal é campo-grandense e está junto desde 2006, quando ela tinha 16 anos e ele 19. O afeto começou nas conversas do extinto MSN, lembra Fernanda. “Cresceram juntos. Passamos por diversas fases e dificuldades lado a lado. Fomos concurseiros. Passamos juntos. Ele passou para delegado no estado do Mato Grosso. E eu pra defensora no Paraná”.

Quando essa conquista veio à tona, Fernanda chegou a pensar que não daria certo, mas o amor dos dois falou mais alto e eles decidiram ficar juntos, e, mais uma vez, encararem de mãos dadas um desafio, dessa vez, a distância. “Tomamos posse nos cargos no mesmo mês em 2018. Eu continuei estudando para concurso e fiz prova para promotor de justiça no Mato Grosso. Inclusive fiz a prova oral 3 dias antes do casamento. Saiu o resultado e passei. Vou conseguir mudar de estado e ir para o Mato Grosso viver ao lado dele”, comemora.

Foi justamente por isso que o casal decidiu fazer uma cerimônia no Pantanal. “Tínhamos a esperança que seria o nosso estado. O Mato Grosso representa pra gente os nossos desafios, a nossa batalha durante esses dois anos morando longe”.

Além disso, diferente de muitos casais que são presenteados quando escolhem trocas as alianças, o que Fernanda e Henrique realmente queriam era presentear a família. “São pessoas muito importantes em toda nossa trajetória até aqui. Queríamos oferecer mais do que uma festa, mas um momento especial juntos, em um lugar calmo, onde a natureza estivesse presente e tudo fosse muito significativo”, destaca.

O casamento foi na beira do Rio São Lourenço, no Hotel Santa Rosa, sem nenhum requinte, mas com simplicidades que tem um valor inestimável para o casal. “Não tinha o sonho de casar e fazer aquela festa tradicional, só queria fazer uma cerimônia simbólica, bonita, intimista e com a minha família. Mas tinha de ser em um lugar bonito e em contato com a natureza”.

Com cenário de deixar qualquer pessoa emocionada e um pôr do sol de aquecer o coração dos pouquíssimos convidados, a decoradora Mara Ceolin também apostou em elementos rústicos, mas ao mesmo tempo leves, que casassem com o cenário natural.

Com a natureza por perto, até a maquiagem do casamento foi realizada ao ar livre, ao lado de uma belíssima árvore e o aroma do Pantanal por todos os lados, com direito a macaquinhos espiando o que acontecia por perto.

Para o casal, a união, sem dúvidas, foi mais do que especial. “Reunimos nossa família em um lugar maravilhoso, longe de tudo. Nem sinal pegava, o que achei ótimo. Então foi uma tranquilidade onde só pudemos aproveitar cada momento. Além disso, posso dizer que o casamento não durou só um dia, foram três dias ao lado da família muito especiais”.

Fernanda também optou por entrar no casamento ao lado dos pais e quem celebrou a cerimônia foi a irmã. “Foi um momento que jamais foi esquecer. Eles são os meus pilares”.

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