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Comportamento

Cleiton rodou o Brasil de moto e enfrentou incêndio até no Amazonas

Lidando com quedas e falta de visibilidade, ele narra os desafios de rodar quase 12 mil km

Por Aletheya Alves | 28/08/2024 06:20
Cleiton conseguiu cruzar a rota transamazônica. (Foto: 67Cleiton)
Cleiton conseguiu cruzar a rota transamazônica. (Foto: 67Cleiton)

Ao todo, Cleiton Pinto passou por 15 estados brasileiros durante uma viagem que durou 20 dias. Saindo de Campo Grande, o motociclista decidiu ir até a região Norte do país e, no caminho, precisou lidar com quedas e incêndios frequentes no Amazonas.

Contando sobre a viagem que precisou de muito planejamento, ele relata que o início do trajeto foi sentido ao Nordeste brasileiro. Isso porque o objetivo principal era cruzar a rota transamazônica desde o seu início.

“A BR-230, conhecida popularmente como transamazônica, se inicia na Paraíba, na cidade de Cabedelo, uma cidade vizinha de João Pessoa. Seu fim é na cidade de Lábrea, no Amazonas. São mais de 4.500 km de transamazônica, atravessando o país de leste a oeste”, descreve.

Entre as especificidades da estrada, Cleiton comenta que mais de um terço do caminho não chegou a ser asfaltada, “o que torna para os motoaventureiros uma boa pedida para se aventurar naquela região. No decorrer de todo o caminho, pude entender como o Brasil é grande, com suas variadas paisagens e climas”.

Mas, antes da rota principal, ele garante que todo o caminho foi bastante aproveitado. Seguindo pelo Centro-Oeste, o motociclista conseguiu conhecer rapidamente Brasília, ver os pontos turísticos e ir até a Bahia.

"Um breve desvio de rota programado me fez atravessar toda a Chapada Diamantina, um lugar fascinante com estradas incríveis. Seguindo o caminho, dei preferência para as estradas que margeiam o litoral brasileiro”.

Depois da Bahia, a viagem seguiu para Aracaju e, de lá, a ideia foi conhecer vilarejos e povoados que ainda remetem ao início do Brasil colônia. “Muitas com fundações do período colonial. Após mais de 3.500 km rodados desde a partida em Campo Grande, chego no quilômetro zero da BR-230 em Cabedelo, Paraíba”

Nesse trecho, Cleiton resume que a felicidade de chegar ao ponto alto da viagem começa a tomar conta. Isso ao mesmo tempo em que sabe das dificuldades que irão se ampliar.

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A cada Estado que atravessei pude perceber a mudança de cultura e a paisagem, mas nada se compara às mudanças que surgem quilômetro após quilômetro desde o marco zero da transamazônica. Saindo com vegetações de Mata Atlântica, ao ir Brasil adentro, foi mudando para as mais variadas vegetações até de fato entrar na floresta amazônica, explica.

E, assim como as queimadas têm sido uma preocupação forte em Mato Grosso do Sul com o Pantanal, ele comenta que situações ainda mais “comuns” fazem parte da viagem. Para se ter ideia, Cleiton descreve que o nível de fumaça nas estradas da região amazônica é mais intenso.

“Chega ao ponto de não conseguir ver o que tem ao redor e isso se torna pior nas regiões não asfaltadas da BR-230, aumentando ainda mais o perigo de pilotar”, diz. A dificuldade se dá porque, segundo o motociclista, a poeira fica suspensa no ar ao lado da fumaça e das queimadas às margens da estrada.

E, agora, tendo finalizado a aventura, ele compartilha que algumas dicas são essenciais. Antes de tudo, é necessário fazer o básico e garantir que a moto esteja em dia com as revisões.

Outro ponto é a programação para que manutenções como troca de pneu e óleo também estejam presentes. O uso de equipamento adequado também é importante, considerando as variações de terrenos.

Dica de Cleiton é ampliar o planejamento em várias frentes. (Foto: 67Cleiton)
Dica de Cleiton é ampliar o planejamento em várias frentes. (Foto: 67Cleiton)

No caso de Cleiton, ele comenta que a bota offroad fez toda diferença nas suas quatro quedas sofridas durante o percurso. Há, também, a necessidade de óculos específicos, já que os capacetes com viseiras normais não vedam a poeira, além de jaquetas e calças.

Por fim, a programação de roteiro e programação financeira são basilares. “Deixo uma observação extra para uso de dinheiro em espécie, não se prenda somente a uso de cartão, pois muitas regiões afastadas não aceitam cartão”.

Para acompanhar mais detalhes da viagem, o perfil de Cleiton é @67cleiton.

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