Com 300 corridas na conta, Leide só pretende parar depois dos 90 anos
Há 7 anos, ela descobriu que levava jeito para o esporte e não parou mais de competir
Seja no asfalto ou na terra, Leide Coelho, de 55 anos, não perde a oportunidade de participar de uma corrida. Há 7 anos, ela entrou nesse mundo do atletismo onde descobriu que idade não faz diferença quando se tem força de vontade e foco para treinar.
As medalhas e troféus conquistados por ela nos últimos anos estão expostas na prateleira da Academia Primeiro Round, no Bairro Amambai. No lugar, ela dá treinos de boxe em parceria com o marido Sebastião Aparecido Ribeiro, de 57 anos, o ‘Tião’.
Leide conheceu o marido há 22 anos atrás quando começou a fazer aulas de boxe. Juntos, eles compartilham o gosto pelo esporte e esse estilo de vida em movimento com treinos, atividades e competições. O boxe está há muito mais tempo na vida dela, porém é no atletismo que Leide brilha.
Antes de praticar a luta, ela fazia musculação três vezes na semana e algumas caminhadas. Desde a primeira aula de boxe, Leide gostou da proposta e foi através da atividade que descobriu que gostava e levava jeito para a corrida.
Leide conta como descobriu com o tempo que gostava da sensação que a corrida trazia. “A corrida fazia parte do nosso treinamento, no aquecimento ele pedia pra gente correr e eu comecei a gostar. Naquele aquecimento comecei a sentir algo diferente”, diz.
O filho dela participava de competições na cidade e viu o quanto ela poderia se sair bem. Ele quem deu o empurrãozinho essencial para que Leide começasse a correr ao ponto de se ver fazendo isso por mais boas décadas.
A atleta conta qual foi a primeira disputa que encarou na vida.“Meu filho participava e eu nem ligava. Um dia fui treinar com ele, fui fazer um percurso lá no inferninho e ele falou: ‘Mãe, a senhora corre bem. Já pensou em um dia participar?’. Quando foi em fevereiro, há 7 anos atrás, fui fazer a primeira prova. Era a Corrida da Folia”, recorda.
Logo na estreia Leide conquistou o primeiro lugar na categoria que disputava. A atleta relembra como foi a emoção desse momento. "Eu fiquei super nervosa, foi a primeira vez que participei de uma prova e subi no pódio. Foi muito emocionante, eu tremia demais. Depois dessa nunca parei", afirma.
Hoje nem tanto, mas no passado Leide disputava provas em todos os finais de semana. O resultado dessa paixão e comprometimento são as 300 medalhas e troféus expostas na academia. Algumas delas fazem referência a São Silvestre, Corrida dos Reis, Maratona Internacional de Assunção, Eita Pega, Corrida do Pantanal, Live Run, Meia Maratona do Fogo, Maratona de Campo Grande, Corrida do Batalhão de Choque e por aí vai.
Das diversas experiências boas e lições que as maratonas proporcionam as melhores estão longe de ser no pódio. Leide fica feliz em saber que, mesmo sem ter essa intenção, inspira várias outras mulheres.
"Eu não era muito de postar os vídeos dos meus treinamentos, mas percebi que muita gente se inspira em mim. Eu recebo muitas mensagens de mulheres, donas de casa que falam que começaram a fazer atividade por verem o meu treinamento e se sentirem inspiradas. Isso é muito bom”, destaca.
Confira a galeria de imagens:
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