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Comportamento

Com entrada proibida nas Olimpíadas, mãe e filha adiam sonho

Mãe e filha revivem lembranças nas Olimpíadas do Rio e contam os planos para este ano depois de adiar sonho

Thailla Torres | 03/05/2021 08:53
Beatriz e a filha Ida nas Olimpíadas de 2016. (Foto: Arquivo Pessoal)
Beatriz e a filha Ida nas Olimpíadas de 2016. (Foto: Arquivo Pessoal)

Um sonho que estava próximo de ser realizado. Todo um planejamento adiado.  A tristeza bate, mas, a compreensão também. Esse é o sentimento da pedagoga Ida Pereira Rezende, de 47 anos, e da estudante Beatriz Pereira Rezende, 15 anos. Mãe e filha estavam com tudo previsto para viajar às Olimpíadas de Tóquio quando o comitê anunciou que o Japão proibiu a entrada de turistas estrangeiros no país durantes as competições para evitar um aumento no número de contágios pelo coronavírus.

Para as duas, as Olimpíadas são um evento inesquecível. Elas estiveram na última edição realizada no Rio de Janeiro e guardam com carinho cada lembrança. Logo que souberam que a próxima seria no Japão, o sonho de viajar floresceu novamente. “Começamos a nos planejar. Entrei em contato com um amigo que mora no Japão e peguei todas as informações. Iríamos ver passagem, hospedagem e tudo que fosse necessário, mas veio a pandemia e com isso o sonho ficou mais distante”, conta Ida.

Fã de Arthur Nory, Beatriz diz que sua torcida se mantém.
Fã de Arthur Nory, Beatriz diz que sua torcida se mantém.

Teve o adiamento de 2020 para 2021, até houve uma esperança de que tudo estivesse melhor e as duas pudessem embarcar, mas o cenário atual é outro. “É tudo muito triste para os atletas que se dedicam há anos”.

Ida e Beatriz não negam, o primeiro sentimento é de tristeza. “No primeiro momento ficamos muito tristes. Mas essa pandemia nos ensinou tantas coisas, principalmente a não desistir e aguardar dias melhores, para que possamos voltar a torcer pessoalmente pelos nossos atletas”.

A primeira Olimpíadas das duas foi a do Rio em 2016. “Foi um sonho desde sempre acompanhar o esporte e os atletas que admiramos mais de perto, e com as Olimpíadas ocorrendo no Brasil, foi uma oportunidade única. A sensação foi de alegria, de realização. Estar ali vendo os meus ídolos, em uma competição tão importante foi uma coisa inesquecível. Nossos olhos brilhavam”, descreve Beatriz.

A estudante é atleta, treina ginástica artística desde os 6 anos. “Ela é muito dedicada e esforçada”, celebra a mãe. Já participou de diferentes competições, dentre elas o Torneio Brasileiro de Ginástica Artística em junho de 2019, conquistando a nota mais alta no salto da sua categoria. Há um ano se dedica também ao muay thai.

Beatriz com o ginasta Diego Hypólito.
Beatriz com o ginasta Diego Hypólito.

Agora o jeito vai ser acompanhar tudo pela televisão e pelas plataformas on-line, e torcer incansavelmente pelos atletas prediletos. “Depois de assistir pessoalmente parece que tudo pela TV fica sem graça, mas é o que podemos no momento. Então nossos planos é transmitir muita energia positiva para todos os atletas, principalmente para os da ginástica artística. Inclusive, o Arthur Nory tem um lugar especial na nossa torcida”, finaliza Beatriz, que guarda recordações especiais ao lado dos atletas nas Olimpíadas do Rio.

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Em 2016 ela deu muitas entrevistas por ser uma campo-grandense nas Olimpíadas.
Em 2016 ela deu muitas entrevistas por ser uma campo-grandense nas Olimpíadas.


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