Com Pantanal pertinho de casa, Júnior eterniza bioma em quadros
'Prata da casa’, Júnior é figura conhecida em Bonito, retratando a natureza em esculturas e quadros
Pelas mãos do artista plástico Júnior Barbosa, de 54 anos, as águas, os peixes, as montanhas, fauna e flora exuberantes do Pantanal sul-mato-grossense são eternizados em quadros e esculturas, enquanto ele vive em Bonito.
Dono de prêmios regionais, a história do artista se iniciou no quintal de casa, ao lado de um amigo. Júnior relata que observava o rapaz pintar, e saia atrás de insetos e pequenos animais para serem retratados em óleo sobre tela.
Ele iniciou ajudando o amigo a fazer o fundo das telas, e com o tempo, foi surgindo o desejo de dar ‘asas’ à própria imaginação, e o artista passou a criar seus próprios quadros. “A ideia surge, eu venho e pinto. O Pantanal aqui do nosso lado, dá muito gosto de pintar. Tem aves e bichos em abundância para enriquecer a nossa arte”, destaca.
O artista comenta de observar a natureza para pintar, e tem o privilégio de ter o bioma sul-mato-grossense ao alcance dos olhos. Além dos quadros, ele também faz esculturas em pedras, retratando peixes, grutas e símbolos.
Trabalho em Bonito
'Prata da casa’, Júnior teve vasta participação no cenário artístico local, teve seu trabalho reconhecido em Brasília, além de trabalhar ministrando cursos de desenho e pintura para crianças de rua, por meio da Prefeitura de Bonito, durante os anos de 1987 e 1992.
Júnior também teve participação com seus quadros em duas edições do Festival de Inverno de Bonito, ocasião em que fez uma pintura ao vivo, com a presença de Reinaldo Azambuja, Governador do Estado na época, na edição de 2016.
Durante seus anos colaborando com a arte no município, Júnior chegou a ensinar cerca de 120 crianças, por meio de um projeto da inciativa da prefeitura municipal. Ele detalha que a atividade consistia em levar os alunos a campo para um trabalho de observação e desenho.
"Sempre fazia eles fazerem alguma atividade dos locais que a gente ia. Cada um tinha sua prancheta, todo mundo levava a sua para desenhar ao vivo. Até que esse projeto foi acabando, mas foi bom, enquanto durou. Tiramos muita criança de rua", relembra.
Trilhar um caminho no mundo da arte não é tarefa fácil, então por questões financeiras, Júnior teve que se afastar da produção artística e iniciou um trabalho como chacreiro. “A arte no Brasil não dá retorno, tive que buscar outra alternativa para sobreviver. Ainda estou pintando, mas bem pouco, apenas quando sobra tempo”.
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