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Comportamento

Com parque de "igreja", casal escolhe árvore como "altar do amor"

Parque das Nações serviu de "igreja" para noivos executarem o ato do matrimônio; será que essa moda pega?

Raul Delvizio | 25/04/2021 08:55
Taynara e Richard foram até o Parque das Nações vestidos de noivos para selarem os votos neste domingo (Foto: Bruno Garcia)
Taynara e Richard foram até o Parque das Nações vestidos de noivos para selarem os votos neste domingo (Foto: Bruno Garcia)

Foi às 6 horas da manhã deste domingo (25) e em meio a uma chuvinha fina (seria a natureza jogando os "grãos de arroz"?) que  Taynara Nunes Cavalheiro, 23 anos, e Richard Santos da Costa, 24, selaram os votos de amor. Mas ao invés de estarem presencialmente na casa de Deus, os dois pombinhos resolveram optar pelo Parque das Nações Indígenas como "igreja" e o pé de uma árvore servindo de "altar". Afinal, será que essa moda pega entre os campo-grandenses?

"Foi um misto de ansiedade e alegria pelo nosso momento mas também um aperto no peito por querer que nossa família estivesse perto, ao nosso lado, compartilhando presencialmente a energia do lugar, do evento", revela emocionada a noiva e designer de interiores.

Os dois, que acordaram de madrugada, chegaram pontualmente às 6h sem nem terem se vistos antes (Foto: Bruno Garcia)
Os dois, que acordaram de madrugada, chegaram pontualmente às 6h sem nem terem se vistos antes (Foto: Bruno Garcia)

A história de ter o parque estadual e campo-grandense como cenário foi a seguinte: pandemia do novo coronavírus que isolou meio mundo, cancelando tantos planos casamenteiros, também atrapalhou a organização de Taynara e Richard que já tinham festa marcada neste mesmo 25 de abril, só que há 1 ano.

"O plano inicial era fazer uma grande festa na nossa cidade natal, São Gabriel, no Rio Grande do Sul, onde tanto minha família quanto a dele mora. Com a covid, 1 mês antes da data marcada adiamos para fevereiro de 2021 e, na sequência, novamente para abril. Como também não foi possível, deixamos de celebrar presencialmente com todos aqueles que amamos, mas não de comemorar a vida a dois, o nosso amor. Assim, ficamos tranquilos pois sabíamos que estávamos preservando a saúde de todos", explica.

"Optamos pelo Parque das Nações por ser um lugar lindo, bem no meio da cidade, mas repleto de natureza, com uma tranquilidade única, com um grande espaço aberto e de fácil acesso. Assim, não iríamos incomodar ninguém e, ao mesmo tempo, teríamos privacidade. Inclusive, foi também aqui onde já havíamos realizado o nosso ensaio fotográfico de pré-casamento", diz Richard.

Natureza do Parque das Nações Indígenas foi a "igreja" perfeita que os dois resolveram investir para o casório (Foto: Bruno Garcia)
Natureza do Parque das Nações Indígenas foi a "igreja" perfeita que os dois resolveram investir para o casório (Foto: Bruno Garcia)
Beijo sela o laço de união; Tayanra segura o buquê que ela mesma fez enquanto se arrumava no salão (Foto: Bruno Garcia)
Beijo sela o laço de união; Tayanra segura o buquê que ela mesma fez enquanto se arrumava no salão (Foto: Bruno Garcia)

A escolha pela natureza estava desde o princípio dos planos. Mas o parque só foi pensando mais recentemente. Antes, em 2020, todos os detalhes da festa já estavam sendo preparados contando com uma atmosfera híbrida, entre jardim natural externo e ambiente interno para os convidados transitarem.

"Mas daí veio todas as restrições por causa da pandemia e acabamos por fazer um casamento 'à distância' 100% em meio a natureza. Com a ajuda de um celular, que ficou preso a um tripé, nossos parentes e amigos acompanharam por meio de uma live", esclarece o noivo. Ao invés de festa e aglomeração, apenas a amiga e vizinha Aline e o fotógrafo Bruno Garcia estiverem presencialmente no local.

Preparativos – Pode até ser lindo fazer casamento no iniciozinho da manhã, mas não é nada fácil. "Acordei às 3h para arrumar o cabelo, fazer a maquiagem e por lá mesmo colocar o vestido de noiva. Também preparei o buquê e os últimos detalhes dos votos. Já Richard pôde acordar com 1h de antecedência e se arrumou em casa mesmo".

"Só fomos nos encontrar às 6h já no parque, onde foi maior surpresa ver um o outro todo arrumadinho para a cerimônia. Isso trouxe aquela emoção do grande dia, sabe?", comenta Taynara.

Chegando lá, viram que o portão que haviam combinado a entrada estava fechado, então, após uma breve caminhada, chegaram ao pórtico Guarani. Nem uma chuva fina atrapalhou o casório acontecer. Embaixo de uma árvore, selaram a união de amor.

Nem uma chuvinha fraca atrapalhou o matrimônio; além do próprio casal, os únicos presentes eram o fotógrafo e uma amiga vizinha (Foto: Bruno Garcia)
Nem uma chuvinha fraca atrapalhou o matrimônio; além do próprio casal, os únicos presentes eram o fotógrafo e uma amiga vizinha (Foto: Bruno Garcia)
"Precisamos celebrar a vida, os bons momentos, demonstrar o amor de todas as formas possíveis" (Foto: Bruno Garcia)
"Precisamos celebrar a vida, os bons momentos, demonstrar o amor de todas as formas possíveis" (Foto: Bruno Garcia)

Quando se ama verdadeiramente alguém, às circunstâncias deixam de importar, o significado fica maior do que qualquer adversidade que tenha surgido no caminho", afirmam.

Os dois, que se conheceram ainda no ensino médio na cidade natal, se tornarem amigos por pouco tempo pois já no ano seguinte engataram namoro. Em 2017, Richard entrou para a ESA (Escola de Sargentos das Armas) – o que para Tayanra foram "2 anos de poucos encontros e muita saudade". Em 2018 ele se formou e, no mês de janeiro do ano seguinte, escolheram Campo Grande como residência. "Foi a cidade que escolhemos começar nossas vida juntos", confirmam.

Sobre a experiência do casamento de hoje, sem dúvida alguma, valeu a pena. "Precisamos celebrar a vida, os bons momentos, demonstrar o amor de todas as formas possíveis. Claro, que agora nos adequando às novas circunstâncias e tomando os devidos cuidados. Mas a verdade é que a vida continua e com ela recheio de bons momentos", encerram.

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