‘Dengo’ de 250 kg e ‘maiores construtores’ eram marca de cidade
Álbum gráfico queria registrar os orgulhos de Campo Grande e, entre os destaques, estava o porco Dengo
Quando Campo Grande ainda estava estruturando seu desenvolvimento para se tornar um dos destaques do então Mato Grosso, as estratégias envolviam fazer propaganda própria para destacar tudo o que poderia ser visto como orgulho no futuro. Com isso em mente, o álbum gráfico produzido em 1939 dava espaço para serviços tradicionais, como a área da construção, ao mesmo tempo em que destacava Dengo, um porco de 250 quilos.
“A firma Thomé e Irmãos é uma das mais antigas, sólidas e conceituadas de Campo Grande. [...] Nesta página, publicamos algumas construções dessa importante organização, cujos escritórios estão situados em prédio próprio, à rua Dom Aquino”, apresentava o álbum gráfico sobre os construtores.
Realmente, quem conhece um pouco da história da Capital, já ouviu falar dos irmãos Thomé. Já na época, eram definidos como “os maiores construtores de Mato Grosso”. Manoel Secco Thomé, por exemplo, nasceu em Portugal e veio para o Brasil em meados de 1910, ficando na região de Terenos.
Sua primeira empresa foi Thomé e Vendas, uma sociedade com outro português, Antônio da Silva Vendas. Já em 1924 é que o nome mudou para Thomé e Irmãos, já que sua sociedade passou a ser com Joaquim e Antônio.
Em 2016, o Lado B publicou um texto produzido por Ângelo Arruda sobre Manoel e seus empreendimentos. Clique aqui para conferir.
Mostrando como a cidade parecia querer mostrar de tudo, Dengo era um personagem do “pitoresco sítio dos arredores de Campo Grande”, com seus 250 kg.
“Campo Grande, cidade galante, na sua estuante mocidade morena, não é só a urbes que impressiona o forasteiro pela harmonia retilínea de suas ruas, elegância de seus prédios, febrieldade de seu comércio e operosidade crescente de seus habitantes. Ela tem também a graciosidade sempre primaveril dos seus arrabaldes, povoados de poéticas chácaras e convidativos sítios”, apresentava o álbum sobre a área rural.
Para mostrar toda essa descrição na prática, os responsáveis pela propaganda resolveram destacar Dengo, um porco reprodutor da raça Poland China, no sítio Arlinda. O espaço, inclusive, se chamava assim em homenagem à esposa de um dos homens importantes da cidade, o 1º tabelião da Comarca de Campo Grande, Francisco Serra.
Além de Dengo, Aurora também se destacava com seus 200 quilos, também de raça. E, no fim das contas, tanto os construtores quanto o sitio com os porcos realmente ficaram para a história de uma forma ou de outra.
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