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Comportamento

Depois de anos em uma profissão, Enem é chance de mudar de vida

Naiane Mesquita | 25/10/2015 07:12
Isaias Pereira dos Santos, 62 anos, tenta pela primeira vez o Enem para Direito (Foto: Marcos Ermínio)
Isaias Pereira dos Santos, 62 anos, tenta pela primeira vez o Enem para Direito (Foto: Marcos Ermínio)

Aos 62 anos, o corretor imobiliário Isaias Pereira dos Santos está confiante para as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Mineiro, morando há 25 anos em Campo Grande, ele acredita que a faculdade de direito pode escrever um novo caminho na sua carreira e por isso decidiu realizar a prova neste sábado e domingo.

“O que despertou foi o interesse pelo direito imobiliário, que é próximo a área em que eu trabalho. Mas eu sempre quis fazer direito, para o meu trabalho seria uma forma de complementar ou até descobrir novas possibilidades. Porque não tentar, né?”, questiona Isaias.

Marcelo Matias, 29 anos, trabalha na justiça federal, mas quer tentar arquitetura (Foto: Marcos Ermínio)
Marcelo Matias, 29 anos, trabalha na justiça federal, mas quer tentar arquitetura (Foto: Marcos Ermínio)

Como muitos que estão em busca de uma vaga em universidades neste ano, Isaias já tem uma carreira consolidada, mas pensa em conquistar novos horizontes. Marcelo Matias Shiroto, 29 anos, por exemplo, trabalha na justiça federal, porém, tem sonhado recentemente com a arquitetura. “Essa é a segunda vez que eu tento. Pretendo fazer arquitetura, estou pensando ainda”, ressalta.

Já Antônio Oliveira, 30 anos, tenta pela segunda vez o Enem para voltar a um caminho que ele deixou para trás. Antes de trabalhar com tecnologia, ele iniciou o curso de Direito, mas acreditou que não tinha vocação para a profissão.

“Agora decidi que quero mudar de novo, comecei a faculdade de direito, vi que preferia tecnologia, trabalho com isso hoje, mas agora resolvi voltar a estudar. Achei que nem tinha dado certo a isenção da taxa de inscrição e há pouco tempo recebi a confirmação do local e horário da prova. Agora estou aqui, ano passado o que pesou foi a concorrência”, explica.

Para ele, a isenção pode ser um sinal de que está no caminho certo. “Vamos ver”, diz, esperançoso.

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