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Comportamento

Depois do Natal, Papai Noel famoso sofreu 3 AVCs e não resistiu

Osvaldo Pereira Rosa trabalhou 10 anos como Papai Noel em shopping do Centro e amava a profissão

Thailla Torres | 29/01/2021 09:30
Osvaldo foi Papai Noel durante 10 anos no centro da cidade (Foto: Divulgação/Pátio Central)
Osvaldo foi Papai Noel durante 10 anos no centro da cidade (Foto: Divulgação/Pátio Central)

Faleceu nesta quinta-feira, na Santa Casa de Campo Grande, o Papai Noel famoso do Centro, do shopping Pátio Central. Depois do Natal, seu Osvaldo Pereira da Rosa, 65 anos, sofreu três AVCs (Acidente Vascular Cerebral) e não resistiu.

Segundo a neta, a auxiliar administrativa Alyne Pereira, de 27 anos, o avô trabalhou feliz e saudável no período do Natal. “Ele se protegeu da covid-19 trabalhando somente do telão, sem contato com as pessoas, mas a vida foi muito traiçoeira e o levou após três AVCs”, lamenta.

Osvaldo passou mal no dia 27 de dezembro e foi internado após o primeiro AVC. Os outros dois foram em janeiro. Ele chegou a ter alta do hospital, mas foi internado novamente na semana passada. Ontem ele não resistiu às complicações e faleceu.

Osvaldo era Papai Noel famoso na cidade. Trabalhou no Supermercado Comper no início da carreira de bom velhinho, depois passou pelo Shopping Norte Sul Plaza e os últimos 10 anos de carreira foram no Shopping Pátio Central.

Em nota, a equipe do Pátio Central disse que foram “10 encantadores anos celebrando juntos, dando risadas, abraços apertados, segredos contados e muitas listinhas recheadas de sonhos, fazendo a alegria de todos que passavam por aqui na época do Natal”.

Ser Papai Noel era uma paixão de Osvaldo (Foto: Divulgação/Pátio Central)
Ser Papai Noel era uma paixão de Osvaldo (Foto: Divulgação/Pátio Central)

Osvaldo era ex-motorista de caminhão de coleta de lixo e vendia a imagem de Papai Noel há mais de uma década. Foi a saída que ele encontrou para ganhar dinheiro extra no fim de ano depois que se aposentou por invalidez, após um problema de saúde que o impediu de continuar dirigindo caminhão.

Segundo a neta, ele sempre gostou de interpretar a figura por causa do contato com as crianças. Foi a família que deu a ideia de deixar a barba e o cabelo crescerem com a intenção de conseguir trabalhos temporários no período de Natal.

A cada fim de ano, Osvaldo se enchia de alegria para a entrega de presentes. “No último Natal, ele trabalhou praticamente o dia inteiro entregando as lembranças. E não tinha cansaço que o fazia desistir. Era um orgulho para ele”, afirma a neta.

No último ano, a pandemia impediu Osvaldo de abraçar a criançada, mas a neta diz que ele finalizou o Natal feliz. “Nada era mais recompensador do que ver o brilho nos olhos das crianças. Tenho certeza que ele vai fazer muita falta”.

Osvaldo deixou três 3 filhos, 6 netos e 2 bisnetos.

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