Depois dos 40 anos, Nívea descobriu gravidez na “véspera” do parto
Depois de um jogo tenso do Flamengo, o nome da criança é homenagem ao famoso jogador rubro-negro: Victor Hugo
O jogo do Flamengo estava tenso, mas não a ponto de o marido ignorar as ligações da esposa. Quando ele finalmente atendeu, ela disse que não estava bem. Os dois resolveram esperar, mas na manhã seguinte dores fortes levaram o casal a procurar um médico. A partir daí, a vida virou cena de comédia.
Assim que chegou, aos 41 anos, Nívea Aquino Ortiz recebeu notícia difícil de acreditar depois de três filhos criados. Ela foi informada que no posto de saúde não havia ultrassom, mas que com o estetoscópio dava para garantir que o bebê estava bem. “Mas que bebê? Eu não estou grávida”, reagiu a mãe. A resposta da profissional foi enfática: “Tem um bebê aí dentro sim”.
O que Nívea sentia era contração. Imediatamente, a paciente foi transferida para o hospital, ainda sem entender nada. “Fiquei quatro dias internada. Não dava para acreditar que o bebê ficou escondido este tempo, por 8 meses”, lembra a mãe que, por ironia, é secretária de médico hoje.
Em menos de um mês, os pais descobriram a gestação e abraçaram o caçula que nasceu no susto. “No dia 1º de março, a gente teve a notícia e ele nasceu no dia 28”, detalha o pai, o porteiro Wesley Brum da Silva, de 42 anos.
Nívea tem só uma foto grávida, o chá de bebê aconteceu “rapidinho. Todos correram para ajudar. Foi tudo foi ganhado, ele mesmo é um presente”, diz a mãe.
O casal já se preparava para curtir os netos, mas quase sempre vem o imprevisto. “Tenho filhos de 15, 16 e 24 anos. Em dezembro, nasce meu primeiro neto. Os dois vão crescer juntos”. E se depender do casal, curtindo futebol.
No domingo passado, o “temporão”, “rapa do tacho” ou mais conhecido como Victor Hugo acompanhou os pais em jogo no terrão, no bairro Serra Azul. Na regional que classifica para Liga Terrão, o menininho assistiu a partida entre Vó Maria e A.M.F.C.
Na cadeirinha, o bebê de 2 meses começou pela várzea, mas já com nome famoso, escolhido não por conta do renomado escritor de “Os Miseráveis”, mas para homenagear o volante do Flamengo. “O pai e os tios que decidiram”, conta Nívea.
A maior parte do tempo, o espectador ficou no soninho, como se o lugar não estivesse lotado de torcedores enlouquecidos. “É o amor da vida de todo mundo lá em casa”, resume o pai.
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