Dono de padaria surpreende ao dar férias coletivas para curtir os filhos
Foi só o dono de padaria colocar um aviso de férias coletivas para a frequesia se preocupar, mas ele explica
Foi só o dono de uma padaria no Jardim Leblon colocar um aviso de férias coletivas na porta do estabelecimento para os rumores de fechamento surgirem. Para quem tem ponto fixo na hora de comprar o francês quentinho, a notícia chegou como uma “bomba”, mas o dono fez a gentileza de contar o motivo e tranquilizou a freguesia. O motivo das férias? Matar a saudade dos filhos.
Há seis anos e meio, Luiz Henrique Silva, de 47 anos, não tira férias. Todos os dias, ele e mais três funcionários chegam cedo à padaria para garantir o pão francês e outras receitas que precisam estar na vitrine. Ele vende mais de 700 pães diariamente.
Nessa rotina ele fica mais tempo no trabalho do que em casa, e dificilmente consegue viajar. Na última semana, os filhos que hoje vivem em Londres desembarcaram no Brasil para ver o pai. Por isso, o único jeito de aproveitar a família foi estabelecer férias coletivas de uma semana.
“Não vou fechar, já estou tranquilizando os clientes. Mas quero curtir um pouco os meus filhos que não vejo há mais de um ano. Além disso, estou há bastante tempo sem férias”, diz o proprietário.
Questionado sobre o prejuízo com uma semana de portas fechadas, Luiz diz que não teme. “As coisas já estão bem difíceis e estamos no período de férias escolares, ou seja, o movimento diminuiu. E as contas não param de qualquer jeito, então, é melhor descansar e aproveitar os filhos por pelo menos uma semana. Depois a gente volta com tudo”.
Luiz conta que tem a padaria há mais de seis anos, um sonho realizado por ele depois que voltou de um longa temporada morando fora do Brasil. “Vivi 16 anos fora, um tempo em Portugal e Londres, por lá trabalhei em diversas áreas, e quando voltei decidi investir em um negócio”.
Um amigo que já tinha padaria o motivou a seguir na área da panificação. Embora o movimento tenha diminuído, ele não se arrepende. “Sou feliz, gosto de trabalhar com a padaria, o que entristece é o aumento de tudo”.
Ele menciona a alta no preço do leito que se tornou um dos assuntos mais comentados nas últimas semanas, sendo encontrados nos mercados e padarias entre R$ 7,00 e R$ 10,00. “Aqui eu tenho mantido o preço porque sei também a realidade dos meus clientes, muitas vezes a gente pensa mais no consumidor do que na gente, mas não é fácil”, lamenta.
Hoje, sua esperança é que as coisas melhorem, senão, ele não descarta uma nova viagem para trabalhar fora. “Se for continuar desse jeito, quem sabe, né?”, diz.
Mas quanto às férias, ele garantiu que, na próxima segunda-feira (25), o pão francês de cada dia está garantido. “Estarei de portas abertas, podem ficar tranquilos”, disse ansioso pelos dias de folga.
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