Ele venceu mundial, mas o melhor título foi o carinho após 20 anos
Jibóia ficou conhecido na época de suas disputas, mas lesão tirou o sul-mato-grossense dos esportes
“Eu não gosto muito de falar dos títulos porque acho que o melhor que ganhei foi agora com o carinho e os feedbacks que eu continuo recebendo 20 anos depois”, resume Fábio Miyazato, o Jibóia. Há duas décadas, o sul-mato-grossense precisou abandonar o jiu-jítsu e a luta livre, mas na época conseguiu se destacar no cenário e guardar boas memórias.
Hoje, formado em arquitetura, Fábio guarda as memórias e fica orgulhoso ao ver o filho de nove anos, Eliyah, começar a treinar jiu-jítsu. E, enquanto ele imaginava que suas conquistas iriam ficar guardadas apenas em suas lembranças, os amigos fazem questão de não deixar as histórias morrerem.
É justamente esse carinho que o antigo Jibóia não deixa de lado e diz que faz toda diferença quando pensa em tudo pelo o que já passou. Contando sobre sua história, Fábio explica que começou a treinar quando tinha apenas 11 anos.
“Meus pais me colocaram em uma associação, um clube japonês que tinha no Jardim Cruzeiro. Ali comecei pequenininho com o jiu-jítsu. Fui gostando, treinando e eu queria lutar, participar das competições. Fui crescendo, passei para a adolescência e segui disputando campeonatos de jiu-jítsu”, descreve.
Nessa época, Fábio disputou os campeonatos paulista, brasileiro e estadual. Até que entendeu que a próxima etapa seria entrar no mundo do vale-tudo.
“O mestre Ocídio Nunes foi quando comecei no jiu-jítsu aos 11 anos. Depois, o mestre Claudionor Cardoso foi dos 13 até os 19 anos responsável por aprimorar as técnicas de jiu-jítsu e vale tudo. Tenho muita admiração e respeito por tudo o que aprendi e todas as oportunidades que tive”, diz Fábio.
Sabendo que queria entrar no vale tudo, o ex-atleta decidiu se mudar para Curitiba. Isso porque, na época, a cidade era uma referência nessa modalidade. Então, dos 19 aos 23 anos, ele foi ensinado pelo mestre Gile Ribeiro.
Ainda em Curitiba, Fabio Noguchi por o responsável por ensinar muay thai a Fabio. “Tive oportunidade de lutar nos melhores eventos da época. As referências como Anderson Silva e outros nomes de peso vieram dessa academia que eu tive oportunidade de treinar e representar”.
Na lista de títulos, Jiboia conta que o estadual, brasileiro e até mundial fazem parte de sua bagagem. Mas,devido a uma lesão no tórax, o lutador passou a ter dificuldades para respirar e precisou interromper a carreira.
Foi assim que, ainda em Curitiba, começou a migrar para a arquitetura. “Desde pequeno, eu tinha habilidade artística com desenho e comecei a arquitetura em Curitiba através de um amigo que me viu desenhando. Ele disse que eu teria talento para a arquitetura e me convidou para o escritório em que ele trabalhava”.
Desde então, Fábio até tentou retornar para a luta, mas a lesão seguiu impossibilitando. Agora, olhando para trás, ele comenta que se orgulha da trajetória e que o novo foco é na história de seu filho.
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