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Comportamento

Elô fez Osmar pôr linha na agulha e sonho do casal virou loja de vestidos

Os dois contam que o maior desejo é ampliar a produção e conseguir viver apenas da costura

Aletheya Alves | 14/08/2022 07:55
Elô e Osmar fabricam vestidos infantis e sonham em viver apenas da loja. (Foto: Alex Machado)
Elô e Osmar fabricam vestidos infantis e sonham em viver apenas da loja. (Foto: Alex Machado)

Enquanto Elô Santos, de 44 anos, foi criada em meio às máquinas de costura da mãe, Osmar Santos, de 43, nunca imaginou que iria se dedicar a uma loja de vestidos. Eletricista, ele aprendeu a colocar linha na agulha com a esposa e, desde então, os dois sonham em viver dos tecidos.

“Nós começamos com a loja no Aero Rancho e não estava dando conta de fazer os vestidos sozinha. Até que chegou um dia que falei ‘senta aqui que agora você vai costurar também’”, resume Elô. Por sua vez, Osmar conta que realmente não tinha ideia de como mexer com as linhas, mas que hoje domina as técnicas e deseja ainda mais.

Com uma trajetória longa, os dois se especializaram em produzir vestidos infantis e, no decorrer do tempo, deixaram o Jardim Aero Rancho, abriram uma loja no Centro e até para fora de Mato Grosso do Sul já foram. Nesse tempo, os dois até pensaram em abandonar o sonho das roupas, mas o encanto pela costura foi maior.

Acostumada com as linhas, Elô narra que, ao contrário de Osmar, aprendeu a costurar com a mãe. “Na verdade, eu acabava quebrando mais as agulhas do que costurando mesmo quando fui aprender”, brinca.

Costureira conta que cresceu em meio aos tecidos da mãe. (Foto: Alex Macado)
Costureira conta que cresceu em meio aos tecidos da mãe. (Foto: Alex Macado)

Quando era criança, a costureira via sua mãe fazendo reparos e, aproveitando os ensinamentos, também começou a seguir o mesmo rumo. “Eu fazia reparos, mexia com malha, coisas assim. Até que fiz alguns cursos, trabalhei em alguns lugares e fui aprendendo a criar os vestidos”.

Sabendo da experiência de Elô, Osmar teve a ideia de abrir uma loja no bairro em que moravam e conta que a imaginação foi mais longe do que o dinheiro que tinham na época. “A gente tinha um carro e resolvemos vender. Imaginamos que com o dinheiro daria para alugar um espaço e encher inteirinho, mas nos enganamos bonito’, diz.

Enquanto os dois acreditavam que tudo iria se resolver com rapidez, o caminho para seguir com a loja foi mais difícil na realidade e insistir no sonho ficou complicado. “Os vestidos não vendiam tão bem lá, então recebemos a sugestão de nos mudarmos aqui para a Maracajú. O Osmar brinca que a gente veio para passar vergonha porque nem vestido suficiente a gente tinha”, Elô explica.

Conforme o tempo foi passando, Osmar, que trabalhava como eletricista, foi se dedicando mais às costurar com a esposa e relata que essa parte também não foi fácil. “Acho que é tranquilo aprender quando você não tem pressão, mas quando passa a ser algo necessário, não tem jeito, você tem que aprender mesmo”.

Aos poucos, Osmar conseguiu aprender as técnicas e se envolveu na produção. (Foto: Alex Machado)
Aos poucos, Osmar conseguiu aprender as técnicas e se envolveu na produção. (Foto: Alex Machado)

Depois de um tempo, os dois realmente se mudaram para o Centro e, por não conseguirem manter todos os custos de vida apenas com os vestidos, ele precisou retornar aos serviços como eletricista.

“Hoje estou um pouco mais ausente, mas nosso sonho e desejo é que a gente consiga viver só da loja. Quero voltar para cá e aumentar a produção, estamos sonhando”, comenta Osmar.

E, garantindo que nunca imaginou que fosse pensar nisso, ele relata que a costura virou parte de seu gosto. “Começou como obrigação, mas aprendi a ir gostando. A Elô faz partes muito mais avançadas, mas eu aprendi a fazer de tudo também. Então queremos trabalhar com isso”.

Localizada no Centro, a loja do casal se chama Cerejinha e fica localizada na Rua Maracaju, número 492.

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