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Comportamento

Em padaria, nem risco de prejuízo faz Benjamin cobrar pelo “pingado”

Dono cobra apenas pelos salgados, mas o leite e café são à vontade, e esse gesto bombou nas redes sociais

Bárbara Cavalcanti | 22/05/2021 07:20
As garrafas ficam em cima do balcão para qualquer pessoa se servir. (Foto: Helio de Freitas)
As garrafas ficam em cima do balcão para qualquer pessoa se servir. (Foto: Helio de Freitas)

Em 7 de setembro de 2017, o empresário Benjamin José Macedo reabriu a padaria familiar, a Panificadora da Esquina, em Dourados, a 230 quilômetros de Campo Grande. Na ocasião, foi servido café e leite para os visitantes. Porém, Benjamin quis manter a generosidade permanentemente. “Eu quero que qualquer pessoa, simplesmente entre aqui e se sirva de café e leite à vontade. E está todo mundo orientado: é proibido cobrar pelo café”, explica.

O gesto chamou atenção de um dos clientes nas redes sociais com inúmeros comentários e depoimentos positivos sobre o gesto do empresário. Benjamin se diz feliz com os elogios, mas o objetivo disso tudo é apenas pela gentileza. “Os nossos salgados são bem simples, mas com o café e o leite e a pessoa não precisa se preocupar”, reforça. As garrafas de café e de leite ficam no balcão e a pessoa que quiser, pode simplesmente se servir à vontade.

“No começo, muitas pessoas ficavam sem graça, sem acreditar que o café era mesmo de graça e queriam pagar, mas eu não deixava. Nem ninguém pode cobrar, eu já avisei aqui às atendentes que está proibido cobrar”, detalha. E ainda reforçar que isso não dá prejuízo. “Só bençãos”, declara. E também explica que é para qualquer pessoa. “Pode ser o trabalhador, o cara que passa em um carrão, ou o morador de rua. Qualquer um pode se servir do café e do leite”, reforça.

De acordo com ele, o “fervo” acontece logo cedo de manhã, a partir das 4 horas. “Logo cedo, todo mundo gosta muito do pingado. E quando acaba o café, a gente passa mais. De tarde, o movimento já mingua e fica mais o café preto mesmo”, explica.

A Panificadora fica em um lugar especial para a família de Benjamin. A avenida é nomeada em homenagem ao falecido pai do empresário, Alcides José Macedo. “Foi todo um processo pra gente conseguir colocar o nome dele, então foi uma conquista muito grande”, reforça.

Trabalhar com comércio é herança do pai, como lemba Benjamin. “Na década de 90, quando eu abri essa panificadora pela primeira vez, meu pai também. Acabei abandonando essa panificadora porque tinha pouco movimento. Reabrimos em 2017 e desde então, graças a deus, está dando tudo certo”, comenta.

Benjamin e filha Jussara orgulhosos com a placa da rua que leva o nome do pai e avô Alcides. (Foto: Arquivo Pessoal)
Benjamin e filha Jussara orgulhosos com a placa da rua que leva o nome do pai e avô Alcides. (Foto: Arquivo Pessoal)

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