Esmeralda tem sala de milagres em casa para honrar vidas salvas
Devota de Nossa Senhora de Caacupé faz a festa para a santa há 55 anos
Todos os anos, Esmeralda da Silva de Oliveira tira a decoração das caixas e começa a produzir flores de tecido para homenagear Nossa Senhora de Caacupé. Em sua casa, o que chama atenção é realmente a dedicação com os enfeites que tomam a “sala de milagres” e se espalham pela varanda da senhora que garante ter visto uma série de graças alcançadas.
“Ela me salvou. Há alguns anos, eu sofri um acidente de carro aqui perto de casa, foi muito feio. Pedi para minha santa que me ajudasse e estou aqui”, diz se colocando como exemplo. Outra história é de uma mãe que pediu pelo seu filho na sala dedicada à santa paraguaia.
Segundo o que Esmeralda conta, o pedido foi atendido e o menino está bem. “Então, a família fez uma promessa para Nossa Senhora de Caacupé, igual eu fiz. E todos os anos precisamos honrar”.
Do teto ao chão, a promesera não economiza no empenho e tudo se torna colorido. Orgulhosa, ela ainda destaca que faz tudo sozinha.
“Pego uma escada e coloco até as flores no teto. A parte mais difícil é colocar mesmo, depois para tirar fica mais fácil. Algumas coisas ganhei, mas quase tudo eu que fiz”.
Antes mesmo de ter recebido seu próprio milagre, Esmeralda já festejava Nossa Senhora de Caacupé como uma herança passada da sua avó para sua mãe e, por fim, para ela.
A devota explica que sua avó foi a primeira da família a prometer que festejaria todos os anos. Ao invés de encerrar o compromisso consigo, repassou para sua filha, Domingas Lopez.
Foi aí que, antes de falecer, entregou a santa e sua promessa para Esmeralda. Essa etapa já foi na vida adulta da neta, que se integrou aos ritos da virgem de Caacupé bem antes.
A murtinhense narra que começou a dançar 'galopera' nas festas da santa quando tinha apenas três anos de idade. Seguindo a rotina da família, a promessa coletiva é fazer a festa anualmente durante os dias 6, 7 e 8 de dezembro.
Já após ter sido salva pela santa, como define sua recuperação, Esmeralda se comprometeu a manter a festa e fazer sete visitas em locais que celebram Caacupé. Nesses espaços, ela dança e apresenta um verso.
Garantindo que não se cansa da programação, a murtinhense diz que a esperança na santa é algo tão forte que se torna difícil explicar. É por isso que nunca nega explicações sobre sua história e faz questão de compartilhar sobre as graças recebidas, desde as menores até as mais “chamativas”.
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