Fusca 1986 'só dá alegria' para quem cresceu sonhando em ter o modelo
Victor é apaixonado pelo carro que garante ser o primeiro e último que deseja ter na vida
Quando o assunto é Fusca, Victor Kemp Borges, de 22 anos, não poupa palavras. O amor pelo carro clássico ele herdou do pai na infância e hoje roda a cidade com o modelo 1986 que coleciona histórias. O carro foi adquirido há 5 anos e desde então o jovem deu identidade ao Fusca que ostenta na lataria as frases ‘Velha Escola’ e ‘Carrovelhistas’.
“Esse Fusca eu comprei ele no bairro onde minha mãe passou a infância, ele era do pai do melhor amigo amigo da minha mãe. O senhor tinha falecido e estava com a viúva guardado na garagem”, diz Victor.
No começo, a proprietária não aceitou vender e Victor continuou ‘namorando’ o veículo. “De primeira não deu o negócio, mas volta e meia eu passava no meu avô e ficava perguntando do Fusca, até que um dia a dona do Fusca ligou, perguntou se a proposta estava de pé e na hora fui buscá-lo”, conta.
O motivo pelo qual gosta tanto do carro clássico remete a outras histórias que compartilhou com o pai. “O gosto por carros em geral, principalmente, os antigos, foi total influência do meu pai. Ele sempre gostou demais, teve garagem, então a gente sempre estava junto ali. A paixão pelo Fusca começou quando meu pai teve um bege e eu lembro dele mexendo na garagem, então desde criança sempre quis ter um”, explica.
O sonho de criança virou realidade e aos poucos Victor vai construindo memórias com o Fusca que garante ser o primeiro e último carro que deseja ter. “O Fusca foi primeiro carro, permaneço com ele até hoje e eu já decidi que não vendo mais. Já rasguei o recibo dele, porque ele não vendo mais. O que esse carro tem de valor pra mim é gigantesco”, destaca.
Uma paixão foi levando à outra, por isso, o jovem escolheu fazer faculdade na área, além de trabalhar numa oficina e manter um canal no Youtube onde mostra a ‘saga do Fuscão’, ajustes que faz no veículo e encontro de carros.
Velha Escola - A adesivagem feita no carro, segundo ele, tem significado. “Tem um movimento de carros antigos chamado Velha Escola Brasil que é o estilo de customização que tinha antigamente. Como tem esse movimento eu também curto e eu queria fazer uma coisa no meu”, diz.
Inspirado no modelo de autoescola, ele deu identidade própria ao carro. “Eu comecei a pensar em como ficaria um Fusca no estilo de autoescola. Aí fui moldando, montei desse jeito e coloquei como brincadeira o Velha Escola para mexer com esse movimento”, relata.
Defensor dos carros antigos, o jovem conta que provou o valor do Fusca recentemente. “Eu sempre quis fazer uma viagem, preparei meu Fusca e surgiu a oportunidade de ir pra praia no Réveillon com um grupo de amigos. Eu fui de Fusca, o carros novos deram problema e eu fui e voltei com o Fusca impecável. Foi uma aventura arrisco dizer uma das melhores da minha vida. Esse carro só me dá alegria”, conclui.
Quem quiser acompanhar o canal no Youtube, o perfil é @carrovelhistas
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