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Comportamento

Gentileza que assusta prova que a gente precisa desencardir a alma

Veja histórias de afeto e gentileza que comoveram muitos leitores em 2023

Por Thailla Torres | 24/12/2023 08:51
Na entrada de uma das lojas da Rua 13 de Maio, Solange Andrade oferece água de graça.
Na entrada de uma das lojas da Rua 13 de Maio, Solange Andrade oferece água de graça.

A retrospectiva de 2023 sobre gestos de gentileza que surpreenderam os leitores do Lado B reflete um cenário paradoxal: a incredulidade diante de atos altruístas e empáticos. A desconfiança se instaurou de tal forma na gente, que a gentileza se tornou motivo de surpresa e até desconfiança para muitos. A constante exposição a notícias negativas e a descrença na bondade inata do ser humano moldaram uma visão cética em relação a gestos genuínos de generosidade e solidariedade.

No entanto, a gente não larga o osso por aqui. Enquanto houver gentileza, haverá espaço para boas histórias neste canal. A retrospectiva evidencia a importância de destacar e celebrar essas manifestações de bondade. Acreditamos que boas histórias podem penetrar nessa muralha de descrença, oferecendo pequenas doses de esperança. As narrativas de compaixão, ajuda mútua e altruísmo serviram como uma paleta de cores, porque a humanidade e a empatia ainda têm lugar.

Em 2024, acredite, por aqui será muito bem-vinda. Mande sua sugestão de boas histórias sempre que quiser através das nossas redes sociais e WhatsAp (67) 99669-9563.

Veja algumas histórias que emocionaram em 2023. Clique nos títulos para ler a reportagem completa.

Gentileza com fruta e água ‘assusta’ tanto que parece até mentira

Fruta e água de graça comoveu em Nioaque.
Fruta e água de graça comoveu em Nioaque.

Em Nioaque, a casa de Victor Araújo rendeu muitas fotos a quem passava pela cidade desde que o morador começou a disponibilizar água gelada e abacate grátis no quintal. “É uma coisa tão simples, mas as pessoas acham diferente, perguntam se é de verdade mesmo”, comentou sobre o assunto. Victor confeccionou até placas para avisar da gentileza.

Árvores dão trabalhão, mas dona não derruba e distribuiu fruta de graça

Todo o ano, a temporada de mangas faz a festa dos vizinhos de Marinalva Teixeira, de 52 anos. As duas mangueiras do quintal lotam e não há quem dê conta de tanta fruta. Por isso, as mangas do tipo “coração” vão para a porta da casa da família, no centro de Bonito. E a organização é caprichada, com sacolinhas e tudo ao lado, para qualquer um que passar pegar o quanto quiser. “Às vezes não sobra nada, em outras ficam só as murchinhas”, revela.

Água de graça é gentileza que até assusta na Rua 13 de Maio

Na entrada de uma das lojas da Rua 13 de Maio, Solange Andrade não entende o motivo de tanto burburinho. Isso porque ela decidiu disponibilizar água de graça no local e, desde então, até “assustadas” as pessoas ficam com a gentileza.

“Beba água à vontade”, diz o anúncio colado no galão de água para não deixar ninguém com dúvida. Mas, apesar disso, a curiosidade e a falta de costume com gestos parecidos têm feito com que os olhares sigam confusos, conta a empresária. Rindo, Solange explica que já tinha se tornado prática dividir sua água com quem passava pela rua, mas de uma forma diferente. “Eu ficava tomando tereré aqui na frente as pessoas pediam um copo de água. Claro que não ia negar, então buscava copo plástico e dava”.

Gesto de amor de Nilson é doar cesta para criança comer fruta e verdura

Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Todos os dias, Nilson Lopes França, de 39 anos, acorda e segue em direção ao Ceasa no Bairro Mata do Jacinto. No lugar, ele separa várias caixas com verduras, legumes e frutas que serão doadas para diversas famílias de Campo Grande. Há 4 anos, de segunda a sábado, Nilson realiza as doações pelo projeto ‘Cesta Verde’ através do ‘Instituto Um Gesto de Amor’. Ele comenta que criou a iniciativa ao ver a situação das famílias que residem em comunidades da Capital.

Sonho de ver mundo melhor fez Jô educar 40 crianças em casa

Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

O reforço escolar é realizado na varanda de Joselina Nuves Chimendes, de 42 anos. Semanalmente, ela abre os portões da casa para receber crianças de famílias que não tem condições de pagar aulas particulares. No espaço, os pequenos contam com o apoio de professores voluntários e da ‘diretora Jô’.

 O projeto Instituto Social Esperança Renovada surgiu durante a pandemia no Bairro Vespasiano Martins. Joselina pensou na iniciativa após ver que as filhas precisavam de auxílio em algumas matérias. Além das meninas, outras 40 crianças participam das aulas que são ofertadas três vezes na semana.

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