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Comportamento

Grazi sonha abrir salão para trabalhar ao lado do filho com deficiência

Ela tem três filhos e precisou largar o emprego após o caçula ser diagnosticado com paralisia cerebral

Jéssica Fernandes | 18/01/2023 06:27
Grazianny quer trabalhar em casa para cuidar do filho diagnosticado com paralisia cerebral. (Foto: Paulo Francis)
Grazianny quer trabalhar em casa para cuidar do filho diagnosticado com paralisia cerebral. (Foto: Paulo Francis)

Mãe solo de três adolescentes, Grazianny Farias de Rezende, de 41 anos, abdicou da carreira quando o caçula foi diagnosticado com paralisia cerebral aos nove meses. Com o sonho de conciliar o trabalho com os cuidados que o jovem de 16 anos precisa, Grazianny está montando um salão de beleza em casa e para concluir precisa arrecadar mais de R$ 2 mil.

No Bairro Universitário, ela conta que começou a reformar parte da casa neste ano para poder atender os clientes. “A princípio eu pensava em fechar uma sala, mas as condições ficaram altas e tô montando na cozinha desativada da minha casa. Falta pintar, fazer a instalação do lavatório, alguns produtos e a bancada com o espelho. Fui fazer o orçamento e ficou em R$ 3.500,00”, fala.

O desejo de trabalhar na área da beleza e estética, segundo Grazianny, é antigo. “Desde criança eu era apaixonada em ver as meninas mexendo no cabelo. Eu brincava de boneca e como morava numa fazenda a minha boneca era o milho.  Ela era minha cliente e eu ia trançar, arrumar e cortar o cabelo”, recorda.

Cômodo da residência está sendo reformado para virar salão. (Foto: Paulo Francis)
Cômodo da residência está sendo reformado para virar salão. (Foto: Paulo Francis)

Na fase adulta, ela trabalhou em diversos locais para poder cuidar dos dois filhos. “Eu fazia artesanato, era doméstica, trabalhei em restaurante”, diz. Quando o terceiro filho nasceu, Grazianny relata que saiu do serviço para cuidar dele. “Quando a gente descobriu a deficiência foi tudo voltado a ele. Tive que parar de trabalhar”, afirma.

Devido à rotina de cuidados e a necessidade de acompanhar o filho em consultas e cirurgias,  Grazianny comenta que não conseguiu mais ser empregada e com a renda de casa não conseguia fazer cursos para atuar em salões de beleza.

“A gente tem dificuldade de voltar ao mercado de trabalho. Sempre tive vontade de fazer um curso de salão e pela trajetória com meu filho de ir e vir, ficar fora do Estado tive muitos gastos e não consegui fazer o curso porque só com a renda dele não dá”, desabafa.

A profissional tinha o sonho de ser cabelereira desde a infância. (Foto: Paulo Francis)
A profissional tinha o sonho de ser cabelereira desde a infância. (Foto: Paulo Francis)

Com o apoio de um amigo, a profissional conseguiu fazer o curso de cabeleireira. Ele também está a ajudando com os custos do curso de maquiagem e designer de unhas. A profissional já está atendendo em casa, mas espera concluir a reforma para receber os clientes na área que está montando.

Quem quiser ajudar, o Pix da conta Inter é (67) 9. 8202-2327 ou pelo link (clique aqui)

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