Histórias de sortudas, que foram premiadas entre milhares
Você resolve participar de um concurso promovido por uma revista, esquece que se inscreveu e, de repente, recebe a notícia de que ganhou uma viagem para curtir 10 dias no Havaí, com tudo pago e com direito a acompanhante. Maravilha, não é?
Foi o que aconteceu com a psicanalista Andrea Brunetto, de 44 anos, que mora de Campo Grande. Em 2002, o arquipélago que fica nos Estados Unidos foi assunto de capa da National Geographic.
A promoção estava no final da reportagem. O autor da melhor frase sobre o Havaí ganharia o concurso. Andrea, que sempre gostou de viajar, resolveu se inscrever. A frase? “Eu mereço conhecer o Havaí porque também sou filha de Kane”, disse. “Kane é o Deus deles”, explicou.
Ano passado ela foi a cliente sortuda de uma rede de supermercado. Não ganhou uma viagem para os EUA, mas voltou para casa com uma televisão de 40 polegadas.
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Nos dois concursos, as inscrições foram despretensiosas. Andrea não tinha intenção de ganhar. Ganhou. É sempre assim. “Acho que é o acaso”, comentou.
A sorte, para algumas pessoas, parece bater na porta. É de dar inveja para quem nunca conseguiu ganhar nem um presente barato de rifa.
Fernanda Bandeira é outra sortuda. Já ganhou sorteio do MC Dia Feliz, da Riachuelo e até um sorvete da Sésamo, uma gelateria inaugurada há pouco tempo.
Mas o prêmio de maior valor para a assessora de imprensa foi um kit de pincéis de maquiagem, de uma marca bastante cobiçada, que ela ganhou pela internet. O preço, sem contar o frete, chega a US$ 105 (o equivalente a R$ 216,00), mas para ela veio de graça.
O blog que promoveu o sorteio tem 35.449 mil seguidoras. O número de participantes foi tanto que uma nova promoção teve de ser aberta. Ser a única selecionada entre tantas meninas não é questão de sorte, disse. É perseverança.
Fernanda vasculha a internet a procura de promoções, de sorteios e concursos. Sempre que pode está retuitando links, compartilhado posts ou preenchendo formulários online.
“O sorteio ou o concurso têm a promessa de oferecer a alguém algo que ambiciona e que não poderia ter ou que é cobiçado por muitas pessoas”, disse.
“Quando você ganha é fantástico. Quando não ganha sente, às vezes, que não tem muita sorte, mas esquece que é uma indústria de verdade. São muitas empresas e participantes”, acrescentou.
Para o melhor amigo - A enfermeira obstetra Laura Elis Reis Junqueira, de 30 anos, venceu um único concurso em toda vida, mas o prêmio não foi para ela. Fabinho, o melhor amigo, foi quem ganhou.
O cachorro, um vira latas de grande porte, é tetraplégico e precisa de cuidados o tempo todo. A história dele foi parar na internet, logo depois que foi resgatado pela enfermeira.
“Teve uma grande comoção e nesse meio tempo soube do concurso de uma empresa onde o prêmio seria um book fotográfico e uma tonelada de ração”, contou.
O animal que tivesse a foto mais votada ganharia o concurso. “Como esse cão já estava conhecido na internet por essa deficiência física, em três dias ele estava em primeiro lugar”, lembrou.
A sorte, acredita, também foi por acaso. “Acho que era o momento. Nem rifa eu tenho sorte. Não costumo jogar nem na Mega Sena”, disse.
Essa semana, a ONG que participava foi destaque, novamente, na internet. Outro cachorro ganhou o concurso. Alessandro Alves Mamedes, que inscreveu a foto de um cão, ganhou 1 iPad, um kit com três pacotes de ração, 1 book fotográfico e uma página no calendário da empresa.