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Comportamento

Homofobia não dá trégua nem em aplicativo onde se espera liberdade

Homofóbicos se infiltram em aplicativo feito para pessoas da comunidade LGBT para disseminar ódio

Bárbara Cavalcanti | 28/06/2021 11:57
Ameças feitas em aplicativo para comunidade LGBT. (Foto: Henrique Kawaminami)
Ameças feitas em aplicativo para comunidade LGBT. (Foto: Henrique Kawaminami)

Nem em aplicativos que foram feitos especificamente para as pessoas LGBTs se sentirem à vontade, a homofobia dá trégua. Isso porque homofóbicos se infiltram, por meio de perfis falsos, e chegam até a ameaçar as pessoas de violência física.

Foi o aconteceu com um dos usuários do Grindr, que teve sua identidade preservada. Ele relata que a pessoa começou a ameaçá-lo mais de uma vez, inclusive. Abalado, ele conta como é difícil lidar com as ameaças.

“Eu estou despedaçado, estou quebrado. A gente fala que é preciso ser forte, mas eu não sei ser forte nessa hora. A gente acaba se envolvendo e dando chance e depois a pessoa se mostra como ela é. Dá muito medo. Eu já recebi até de outro amigo, que também recebeu ofensas e que são no mesmo padrão, mas no meu caso, essa pessoa já me ameaçou outras vezes e agora fala até em me quebrar”, relata.

As mensagens contêm ofensas, com termos de baixo calão e ameaças físicas. “Ele diz também que vai criar um perfil falso com a minha foto e espalhar por ai que eu tenho doença”, acrescenta a vítima.

Ofensas e ameaças feitas em aplicativo. (Foto: Arquivo Pessoal)
Ofensas e ameaças feitas em aplicativo. (Foto: Arquivo Pessoal)

De acordo com as políticas de segurança e privacidade do aplicativo, é possível denunciar usuários por comportamentos abusivos, como ofensas e ameças. O aplicativo ainda garante “levar questões de segurança à sério”, mas também recomenda que usuários levam casos mais sérios à polícia.

Importante é primeiro tirar prints para formalizar a denúncia e só depois bloquear o usuário. O bloqueio impede que a pessoa entre em contato e também com que ela mesma seja localizada pelo usuário que bloqueou.

Em caso de violência, denuncie - Em Mato Grosso do Sul, a Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT realiza os encaminhamentos necessários para atendimento especializado de vítimas de LGTBfobia de forma a responsabilizar os agressores. O contato pode ser feito pelo telefone (67) 3316-9191 ou no e-mail lgbt@segov.ms.gov.br.

Você também pode ligar para a Ouvidora Nacional de Direitos Humanos, o Disque 100 - serviço do governo federal, que funciona 24 horas, todos os dias, para prestar informações, orientações e receber denúncias (anônimas ou não).

Pelo site da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul também é possível fazer denúncia, acessando a Delegacia Virtual ou no Aplicativo MS Digital, no ícone Segurança. Agora, em situações de urgência e emergência, quando uma agressão estiver acontecendo, a orientação é chamar a polícia pelo 190.

A Defensoria Pública de MS, por meio do NUDEDH (Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos) também pode atender vítimas de LGBTfobia. Por conta da pandemia, os atendimentos estão sendo realizados de forma online pelo site. Se preferir ligar, o telefone é o (67) 3313-4791 ou o Disque Defensoria 129, de abrangência estadual.  Outra opção é a Ouvidoria do Ministério Público de MS, que pode ser acionada pelos telefones 127 e 0800-647-1127, além do site.

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