Maioria busca cão e gato, já na Nova Campo Grande o que some é cavalo

O avô de Rafaela não tem sorte. Depois de égua sumir com árvore e tudo em 2019, agora seu Laureste Bogalho procura o cavalo batizado de Brinquedo. É mais uma daquelas histórias que só acontecem no Bairro Nova Campo Grande. Enquanto na cidade toda o grande problema é sumiço de gato ou cachorro, por lá, o que mais se perde é cavalo. “Tem um outro parente que perdeu o dele esses dias. Nunca mais achou. Do meu avô, já é o segundo”, conta Rafaela.

Falar com Laureste hoje pela manhã é impossível, diz a neta. Apesar dos 88 anos de vida, ele resolveu sair sozinho, a pé e sob sol, na tentativa de, desta vez, achar o amigo que trata “como animal de estimação”, garante a neta. “Vive com ele na casa mesmo, aqui no Nova Campo Grande, e de vez enquanto vão até a chácara em Indubrasil. Hoje, quando ele viu que o Brinquedo sumiu, ele chorou, chorou...”.

O animal foi visto pela última vez ontem à noite e logo cedo seu Laureste já começou a rodar a região em busca do companheiro, que vive com ele há 7 anos. “A gente disse pra esperar, que a gente ia ajudar, mas só saí agora do serviço”, explica Rafaela, que aos 28 anos trabalha como assistente administrativa em posto de saúde.

O avô ficou traumatizado depois do destino da égua “Branca”. Prenha de 4 meses, ela estava presa em uma árvore de pequeno porte, que foi junto no dia do desaparecimento. Semanas depois, Branca apareceu morta em estrada vicinal, perto do Aeroporto Internacional de Campo Grande. “A gente tá torcendo para desta vez o final for feliz”, diz a neta.

Se alguém tiver informações sobre o cavalo desaparecido pode entrar em contato com Rafaela pelo telefone (67) 99290-8186.