Menino pede presentão ao Papai Noel e ganha chuteira destruída
Garoto de 9 anos enviou cartinha ao projeto Papai Noel dos Correios, mas decepção ao abrir o pacote foi total
De repente, o carro dos Correios chega com um embrulho muito bem feito na casa do menino de 9 anos que enviou uma cartinha pedindo: “Querido Papai Noel, me chamo Jhon Lennon, tenho 9 anos e quero muito ganhar uma bola, uma chuteira 33/34 e uma camisa do Flamengo. Obrigada". No entanto, tudo acabou em decepção total.
Na cabeça da criança, era o sonho de Natal que começava a se realizar depois de alguém “adotar” a carta endereçada ao Papai Noel dos Correios, uma tradição da empresa.
Dentro do embrulho, a surpresa era uma chuteira. Mas assim que tirou do pacote, o olhar foi caindo e adeus sorriso. Não porque o menino queria peças originais, de marcas caras, mas pela situação da chuteira, impossível de usar.
Quem adotou a carta de Jhon soube fazer o embrulho como profissional, mas não teve nenhuma sensibilidade com o presente. Além de um furo no bico da chuteira, os dois solados estão descolados, a cor desbotada e nem palmilha veio junto.
O papel colorido não resistiu aos rasgos entusiasmados do garoto, para ver logo o “presentão” que a mãe de 25 anos nunca poderia dar. De família simples, do Bairro Cidade Morena, Jhon é o mais velho da turminha reforçada por gêmeas de 7 anos, outra menina de 6 e um garotinho de 4.
Assim, a empolgação do flamenguista virou a primeira grande decepção com Papai Noel.
A mãe prefere não falar sobre o que ocorreu com o filho, mas a tia, Rose Mosa, 41 anos, motorista de aplicativo, solta o verbo.
“Imagina a tristeza da criança carente ganhar um tênis que só serve para colocar no lixo? Achei isso de muito mau gosto, maldade mesmo de quem fez. Se soubesse o remetente, devolveria com um agradecimento assim: Bom de ir pro lixo”, lamenta a tia.
O problema de dar uma resposta à altura, cara a cara, é que os presentes enviados aos Correios não têm remetente, são doações anônimas. As pessoas vão até lá, escolhem uma cartinha e as “adotam”. Depois, compram o presente, embrulham e voltam a entregar aos Correios para que chegue à casa das crianças.
“Isso é até um pecado... a criança abre o presente toda feliz e encontra isso, sem condição de uso. Fique indignada, achei um absurdo. A gente tem de botar isso aí (na imprensa), para não acontecer com outras crianças. Seria melhor que ele não tivesse ganhado”, alerta Rose, assim como aconteceu com os outros 4 irmãos, que não tiveram as cartinhas adotadas.
Apesar da condição dos presentes não ser responsabilidade dos Correios, a empresa informou que repassará o caso à avaliação da coordenação da campanha de Natal.
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