Na asa delta, Moika viajou 20 países e hoje dá aulas para voar em Bonito
Instrutor conheceu o esporte quando era menino e hoje dá aulas de voo no projeto 'Viva ao Vento' em Bonito
A paixão por asa delta começou quando Marcelo Andrei Gomes da Rocha, de 42 anos, ainda era menino e vivia no bairro onde nasceu em Porto Alegre (RS). Aos 22 anos, ele se tornou piloto e passou a conhecer o mundo voando. Entre competições e viagens, o atleta conheceu 20 países e hoje dá aulas de asa delta em Bonito, a 297 km de Campo Grande.
O esporte entrou na vida dele de forma espontânea para virar uma grande paixão. Moika, como é conhecido, recorda que na época alguns entusiastas da prática esportiva estavam na região onde ele morava. “Alguns pilotos estavam a explorar novos lugares na década de 1980 e eu tinha uns 7 ou 8 anos quando uma asa delta passou voando na minha cabeça. Fiquei louco”, afirma.
Em 2000, ele realizou mudança para o Rio de Janeiro onde teve a oportunidade de se aproximar do esporte e concluir a formação como piloto. O instrutor relata que conquistou autonomia para ir aonde quisesse com a asa delta e participar de competições. “Depois disso passei a fazer voos duplo em São Conrado no Rio de janeiro e assim passei a ser dono da minha liberdade, sempre viajando para competir no Brasil e anos depois também por outros países. Já visitei muitos lugares, cerca de 20 países”, diz.
Sobre as competições, Moika relembra a última vez que pode representar o Brasil. Na ocasião, ele e a equipe brasileira voltaram ao País como vice-campeões. “Meu último campeonato mundial como membro da seleção brasileira foi em 2019 quando fomos à Itália e voltamos como vice-campeões. Foi uma linda vitória para nosso país pela dificuldade do relevo. Voamos numa região de montanhas muito altas, na divisa com a Eslovênia e Áustria”, comenta.
Com a asa delta, o atleta teve incontáveis experiências que o marcaram, como a viagem para a Suíça e os passeios no Rio de Janeiro. Ele menciona em detalhes alguns dos cenários que o encantaram. "Voar sob os vulcões em lanzarote nas ilhas Canárias e na Suíça naqueles vales nevados. No quintal de casa sobrevoar o Cristo Redentor centenas de vezes que nunca deixa de ser mágico", frisa.
Apesar de garantir ter passado por alguns sufocos, Moika nunca perdeu o brilho nos olhos e a vontade de seguir fazendo o que ama. "Sufocos? Sim, alguns. Mas nada que tenha me tirado a confiança e o entusiasmo de seguir vivendo a vida com minhas asas", destaca.
Veja o vídeo:
Viva ao Vento - Em Bonito (MS), o profissional realizou o sonho que carregava desde o começo dos anos 2000. Ao lado de amigos, ele escolheu a cidade turística para criar um rancho de voo e pôr em prática o projeto.
O atleta comenta que nesse local é possível realizar diversas modalidades de voo. “O Viva ao Vento é um sonho de 2002 quando a fissura por voar era tanta que junto com um desses amigos sonhamos em ter um rancho de voo, um lugar onde todo dia se voa, duplo ou solo. Escolhemos Bonito, por ser uma cidade turística onde o voo duplo pode bancar o voo solo e nossas viagens”, explica.
No município, ele dá aulas para aqueles que querem viver a aventura e aprender mais sobre a asa-delta. “Faço voos em dupla onde o copiloto, além de receber informações básicas sobre o esporte, tem a oportunidade de contemplar o lindo visual lá de cima”, finaliza.
Quem quiser conhecer o projeto, o perfil no Instagram é @vivaaovento
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).