Não é só cachorro, gato também precisa de “rolê” para desestressar
Alguns adoram esticar as pernas dando uma voltinha e existe até cat sitter em Campo Grande para ajudar
E para quem não sabia, alguns gatos também adoram dar um “rolêzinho” para desestres. Seja na frente do portão, 100 metros de casa, na esquina de quadra ou até na praça, passear faz bem. “Eles vieram da natureza, tem a necessidade de pisar na grama, tomar sol. É questão de saúde comportamental e psicológica”, explica a médica veterinária Mônica Souza.
Analisar o comportamento é fundamental para saber se o felino está bem. “O fato de não sair, de ter uma vida reclusa pode gerar estresse e fazer os gatos ficarem se lambendo ao ponto de perder pelos”, diz.
Se até a gente, mesmo sabendo da necessidade do isolamento social, já fica doido pra botar o pé na rua, imagina os felinos que ficam presos em casa, olhando a vida passar pela janela. Para alguns, isso pode ser a saída que precisava para evitar as fugas. “Depende do temperamento do gato, mas geralmente a indicação é castração. Com a castração, ficam mais tranquilos. Indico passeio para os que gostam, mas tem também os caseiros e não há problema”.
A veterinária explica que alguns felinos podem demonstrar sinais de que querem dar uma voltinha. “Os que têm o temperamento de passear costumam ficar olhando pra fora, te esperam na porta”, explica. Além disso, dá para observar o comportamento do animal e até experimentar um “diálogo” amigável.
“Conversar funciona, pois eles são mais ligados nessa questão da conversa. Podem não ter a mesma linha de raciocínio, mas entendem a nossa intenção e tem um mecanismo instintivo. Até quando você não está bem, ele se aproxima para saber. É muito importante avisar antes que vai passear”.
No entanto, na hora de dar o “rolê”, é preciso ter alguns cuidados. “Primeira coisa, coleira e de preferência aquela com peitoral porque é mais confortável, principalmente para não se enforcarem e também para evitar que fujam”, destaca Mônica. “Tente lugares que o animal esteja acostumado, passeios curtos e evita lugares muito movimentados, sem barulho de carros e latidos de cachorros para não assustarem e não esqueça dá água se tiver calor”.
Cat sitter – Uma alternativa para quem tem bichano, mas tem uma rotina corrida é acionar a cat sitter, Carol Valdez. Aos 39 anos, ela é publicitária, mas há seis anos virou a “tia dos gatos” e salva muito amiguinho peludo da solidão. “Sou gateira. Vou na casa do cliente para cuidar, dar água, comida e durante o atendimento, brinco e faço vídeo para enviar ao tutor”, conta Carol.
Tudo começou quando ela precisou viajar e não encontrou ninguém para ajudá-la a cuidar do seu bichinho de estimação. “Não queria deixar em hotel”, lembra a tia Carol. Foi então que descobriu uma cat sitter em Salvador e resolveu abraçar a causa dos “miaus”. “Fiz uma semana de consultoria e por necessidade particular comecei a prestar o atendimento em Campo Grande”, completa.
O trabalho começou despretensioso, para ajudar as pessoas que costumam viajar com frequência ou não param muito tempo em casa devido à correria do dia a dia. “Trabalhava numa agência e realizava o atendimento nos meus intervalos e finais de semana. Fui me envolvendo, conhecendo pessoas, fazendo curso e foi aí que decidi largar a publicidade para viver como cat sitter”.
O serviço funciona da seguinte forma: O cliente combina os dias e a tia Carol vai até sua casa, onde fica por uma hora. “Vou até o local para não tirar o gato do seu conforto. Eles são dependentes de nós, precisam de rotina. Se o combinado é três dias, vou na residência nesse período para saber se o gato está bem, se está fazendo as necessidades diárias”.
Nesse tempo, ela aproveita para dar uma voltinha com os gatos. “Tudo no tempo deles. Param no caminho para sentir o cheiro, ouvir barulho. Andamos meia quadra, vamos até à esquina, depende deles. Também faço brincadeiras e teve caso em que o tutor chegou e o gato levou uma bolinha pra brincar com ele. A pessoa ficou surpresa”, recorda tia Carol.
A cat sitter destaca a importância de ter alguém para dar atenção aos gatinhos. “O gato fica de boa sozinho no máximo 8h a 10h. Não dá para deixá-los mais tempo solitários para não ficarem deprimidos, estressados ou acharem que foram abandonados. O atendimento proporciona bem-estar”, frisa.
Aos curiosos, o atendimento é a partir de R$50,00. “Fico uma hora ou mais, depende do combinado. Também faço o pernoite, fico durmo na casa para cuidar do gato”, finaliza tia Carol.
Serviços - A cat sitter atende através do contato (67) 9 9331-6773.
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