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Comportamento

Não existe cor na vida de uma mãe que procura o único filho há 6 anos

“Quero nem que seja um restinho dele”, diz mãe que procura filho desaparecido desde novembro de 2017

Por Thailla Torres | 24/06/2024 11:27
Diego Garcia da Silva, desapareceu aos 27 anos, em 29 de novembro de 2017, na região de Paranaíba. (Foto: Arquivo Pessoal)
Diego Garcia da Silva, desapareceu aos 27 anos, em 29 de novembro de 2017, na região de Paranaíba. (Foto: Arquivo Pessoal)

Depois de seis anos percorrendo o caminho até a delegacia toda semana, Marlene Garcia da Silva, 55 anos, agora fica em casa com o coração mais tomado pela angústia do que pela esperança de encontrar o único filho, Diego Garcia da Silva, que desapareceu aos 27 anos, em 29 de novembro de 2017.

Com o documento do filho em mãos, ela procurou a delegacia quatro dias depois do último abraço dado no menino, mas nunca teve notícias.

Nos últimos anos, o telefone tocou inúmeras vezes. Do outro lado da linha, trotes, tentativas de golpes, denúncias, mas nada que chegasse perto do paradeiro de Diego.

Para quem vive olhando para a porta à espera da frase ‘oi, mãe’, a vida não tem o mesmo tom. “Os dias são escuros sem notícias do meu filho. Ultimamente, meu coração parece que não vai aguentar, minha vista escurece, todo dia é um peso de não saber se ele está vivo ou morto”, descreve Marlene.

Marlene mora em Paranaíba, a 407 quilômetros de Campo Grande. O filho também nasceu no município.

Lamentavelmente, o menino teve contato com drogas aos 13 anos e, durante muito tempo, a mãe segurou as mãos de Diego na luta contra a dependência química. “Começou com a maconha e depois foi para outras drogas. Houve algumas internações, mas teve um período em que ele ficou sem usar”.

Diego e a mãe, Marlene, em Paranaíba.
Diego e a mãe, Marlene, em Paranaíba.

Quando tinha 27 anos, Diego estava melhor, garante a mãe. Mas um dia chegou em casa dizendo que iria morar com uma namorada em Aparecida do Taboado, município a 54 quilômetros de Paranaíba. “Ele pediu demissão do emprego, comprou um presente para a minha mãe, pegou a moto e foi embora. Isso foi no dia 27 de novembro de 2017”, lembra.

No dia seguinte, Diego apareceu em casa, mas com um comportamento diferente, nervoso e inquieto. A mãe suspeitou que algo estava acontecendo, mas não teve respostas do filho. Diego então pegou a moto e saiu de casa no dia 29 de novembro de 2017. Desde então, Marlene não teve mais notícias.

A moto de Diego foi encontrada intacta um tempo depois na região da Ponte do Guilhermão, mas nenhum sinal do filho. “Desde então, fiquei sem notícias. Muita gente já tentou me ajudar, mas ele nunca movimentou nenhuma conta, não ligou, não encontraram corpo, nada. Hoje não importa como, eu quero nem que seja um restinho do meu filho”, finaliza a mãe.

A dona de casa sonha em ter notícias do filho. Quem souber de algo, independente da circunstância, pode entrar em contato com ela no (67) 98155-6199 via WhatsApp.

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