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Comportamento

Para além dos portões, casas ‘comuns’ guardam histórias incríveis

Veja histórias das casas de Campo Grande e veja quem são aqueles que fazem delas um lugar singular

Por Jéssica Fernandes | 27/12/2023 08:13
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Chácara Samambaia é paraíso particular de Joanita e Davi. (Foto: Jéssica Fernandes) 
Chácara Samambaia é paraíso particular de Joanita e Davi. (Foto: Jéssica Fernandes) 

Às vezes é a fachada, portão, formato da janela, plantas bem cuidadas, um toque de cor ou outro detalhe que desperta atenção. A curiosidade nos leva direto à entrada e é após tocar a campainha, bater palmas que tudo começa.

Do portão você se vê na sala, cozinha, quarto, percorrendo o jardim enquanto ouve histórias de alguém que conheceu há cinco minutos. Parece uma loucura, é um pouco, mas é daquelas boas que só é possível graças ao jornalismo, ao Lado B.

Em 2023, passamos por diversos bairros de Campo Grande, contamos histórias de muitas casas e o mais importante: das pessoas que vivem nelas. Aqui deixo um 'muito obrigada' para cada morador e moradora que abriu a porta para que a jornalista curiosa pudesse entrar.

Em 2024, o Lado B está pronto para mostrar mais casas e aqueles que fazem dela um lugar singular.  Mande sua sugestão sempre que quiser através das nossas redes sociais e WhatsAp (67) 99669-9563. Relembre algumas das que marcaram 2023.

Clique nos títulos para ler a reportagem completa.

Chácara é paraíso particular que Joanita e Davi aproveitam há 22 anos

A Chácara Samambaia é o refúgio que Joanita Ferreira, de 64 anos, e Davi Poles, de 71, criaram dentro da cidade no Bairro Maria Aparecida Pedrossian. Em uma rua sem saída, o portão colorido pelos tons do Pantanal é a porta de entrada para o paraíso particular do casal.

Há 22 anos, eles adquiriram a área de um hectare e meio onde construíram a casa em que vivem na companhia de dois cachorros, muitas galinhas, patos e outros animais que visitam a chácara. A propriedade é rodeada por enormes árvores do Cerrado. Elas estão espalhadas por toda parte e foram plantadas no lugar anos antes de o casal sonhar em ter a chácara.

Quintal tem plantas do chão até as paredes decoradas com paletes. (Foto: Jéssica Fernandes)
Quintal tem plantas do chão até as paredes decoradas com paletes. (Foto: Jéssica Fernandes)

Após admirar muito jardim de rico, Rose criou paraíso particular em casa

O verde da casa combina com o jardim florido cheio de suculentas, cactos e plantas de nomes curiosos. No Bairro Caiobá II, Rose Rocha, de 55 anos, caprichou no quintal que desperta encantamento à primeira vista. O capricho e cuidado ficam evidentes em cada vaso, arranjo e enfeites que decoram o quintal.

Manicure e depiladora, ela é jardineira nas horas livres e sempre que tem oportunidade dedica tempo às plantas. Criativa, Rose utiliza diferentes materiais para criar cachepôs, vasos e outros suportes para as plantas. Nas mãos dela tudo é aproveitado, desde jarra de vidro quebrada a chaleiras antigas.

No Bairro Vila Bandeira, casa foi construída com tijolos e madeiras. (Foto: Jéssica Fernandes)
No Bairro Vila Bandeira, casa foi construída com tijolos e madeiras. (Foto: Jéssica Fernandes)

Feita em família, casa tem toque rústico graças a madeira e tijolinhos

Tijolos e muita madeira formam a construção da casa que conserva ares rústicos no Bairro Vila Bandeirante. O imóvel foi construído pela família de Sara Caterine Pockel Monteiro Harduin há 22 anos, dois anos antes dela nascer.

A acadêmica de medicina explica que mais de uma pessoa da família esteve envolvida na construção da residência. “Meu pai e meu avô fizeram a parte do madeiramento e nosso primo desenhou, a gente tem um primo que é arquiteto”, diz.

Em sacada, boneco vigia relíquias deixadas pelo grande amor de Sol

No primeiro andar a cabeça de um boneco encara sem pausa quem passa na rua. A criatura barbuda usa brinco, chapéu e há seis anos desempenha função de vigia da casa de Solidea Stael Nonato Leite, de 59 anos. Ele chama atenção, assusta, provoca curiosidade, mas ainda assim é a parte menos interessante da casa localizada no Bairro Jardim Panorama.

No mirante, Sol aproveita a vista do lugar onde toma cerveja com amigos. (Foto: Paulo Francis)
No mirante, Sol aproveita a vista do lugar onde toma cerveja com amigos. (Foto: Paulo Francis)

Na porta da residência, Sol revela a origem do objeto que vive na sacada. “Ele foi meu boneco na barbearia aí deixei ele ali para vigiar a casa. A minha neta maquiou ele, pôs brinco, colocou até um chapéu”, ri. A moradora é pra lá de simpática e após falar sobre o boneco, faz o convite: ‘Esse aqui é meu mirante, quer subir?”

Casa simboliza sossego de irmãos que preferem ouvir os passarinhos

Portões de madeira e um alto muro escondem a casa que preserva as histórias do casal que partiu e deixou três filhos. No Bairro São Jorge da Lagoa, os irmãos Jorgina Alderete, de 57 anos, Cláudio Alderete, de 69 anos, e Irma Maria, de 55 anos, vivem dias sossegados no lar que parece pequena chácara.

Eles e os pais Margarida Ramires Alderete e Salvio Alderete vieram de Porto Murtinho para Campo Grande em 2000. A casa foi construída na mesma época com madeira angelim originária do Pará e quando eles chegaram no bairro o lar estava esperando.

Jorgina, Irma e Claudio ficaram na casa após pais falecerem. (Foto: Jéssica Fernandes)
Jorgina, Irma e Claudio ficaram na casa após pais falecerem. (Foto: Jéssica Fernandes)

Casa com sol virou referência para ninguém ficar perdido no bairro

O sol está desbotando no muro, mas ele ainda consegue chamar atenção no Bairro Piratinga. Próximo dele, descansando na sombra, tem o Fusca 1983 que mostra autoridade através da frase ‘Respeita o Vovô’. O cenário resume a fachada do lar  do simpático casal José Fernando dos Santos, de 72 anos, e Izildinha Castelari Santos, de 64 anos.

Casados há 46 anos, os dois são de Nova Andradina e há 33 anos moram na casa em Campo Grande. O sol veio bem depois como uma alternativa criativa para indicar a localização da casa. Quem conta essa curiosidade é a Ilzinha.

Após fazer casa sozinho, Alzemiro não parou de inventar moda

No Bairro Caiçara, os tons verde claro e azul da casa contrastam com pedras e revestimentos que imitam tijolinhos de barro. O lar transmite algo de diferente comparado aos demais da rua. A construção destoa, tem a beleza de outros tempos e parece que ali tudo vive em harmonia.

No Bairro Caiçara, Alzemiro e Zenilda moram em casa desde 1968. (Foto: Jéssica Fernandes)
No Bairro Caiçara, Alzemiro e Zenilda moram em casa desde 1968. (Foto: Jéssica Fernandes)

O imóvel foi o primeiro de alvenaria em que o casal Alzemiro Rufino de Matos, de 80 anos, e Zenilda Salles Rufino, de 75 anos, moraram. Antes disso, viviam no mesmo bairro, porém numa casa de madeira.

Fachada da casa é formada por porta de madeira e janela redonda. (Foto: Jéssica Fernandes)
Fachada da casa é formada por porta de madeira e janela redonda. (Foto: Jéssica Fernandes)

Janela que lembra navio esconde casa colorida que cativou Adriana

No Bairro Tarumã, a casa não parece casa e a princípio lembra um navio antigo. A impressão é causada graças as duas janelas circulares e a porta de madeira que forma um ‘x’. A fachada pintada de rosa é interessante, mas é só um dos detalhes que compõem a aparência única da residência.

Há 1 ano, Adriana Jane Vicente, de 49 anos, se mudou com o filho de 18 anos e a filha de 11 anos para o lar. Quando procurava um imóvel para viver com a família, a atendente de supermercado ficou encantada ao encontrar a casa.

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