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Comportamento

Para comemorar os 46 anos, Márcia caminhou por 5h até santuário

Ideia do trajeto foi usar o propósito como uma forma de agradecer pela vida

Aletheya Alves | 22/01/2023 07:56
Caminhada entre Aquidauana e Camisão levou quase 5 horas. (Foto: Reprodução)
Caminhada entre Aquidauana e Camisão levou quase 5 horas. (Foto: Reprodução)

Às 3h45min, Márcia Franco já estava a caminho da MS-450 em Aquidauana para, pela primeira vez, comemorar seu aniversário de um modo diferente. Querendo agradecer pela vida, ela fez um propósito e caminhou durante 5h até o Santuário de Nossa Senhora Aparecida em Camisão.

“A gente escuta das pessoas falando dos caminhos que percorrem e eu quis viver isso. É muito intenso”, resume Márcia. Com o desafio realizado no dia 20, a professora segue em êxtase até agora e conta que não se arrependeu em nenhum momento.

Detalhando sobre a caminhada, Márcia explica que teve a ideia em 2022 e não conseguiu deixar de pensar na promessa. “Eu defini que precisava fazer algo de superação e desafio. Fiz uma viagem a Campo Grande e vi a capela de Nossa Senhora, ali foi que decidi”.

No mesmo dia, ela memorizou o caminho e combinou consigo mesma e com Deus que no dia de seu aniversário iria colocar o propósito em prática. Ao todo, o trajeto é de mais ou menos 20 quilômetros e para quem só passava por ali de carro, caminhar foi uma surpresa.

“A gente vê as coisas de uma forma diferente quando passamos de carro ou moto. Andando é muito longe, foi bem difícil e olha que me considero uma pessoa fisicamente preparada. Sempre achei tão perto, mas realmente não é”, detalha.

Chegada ao destino final foi emocionante. (Foto: Reprodução)
Chegada ao destino final foi emocionante. (Foto: Reprodução)

Sem dificuldades com o trânsito, ela explica que a maior dificuldade realmente foi manter a caminhada mesmo quando o corpo já demonstrava sinais de alerta. “Eu tinha na minha mente que a capela era próxima e conforme foi demorado, comecei a ficar desesperada pensando que não era possível. Além de que comecei a sentir dores absurdas”.

E, apesar das dificuldades, a professora narra que cada passo foi especial. Desde um encontro com uma borboleta até o contato com seus pensamentos e com a natureza, nada será esquecido.

“Passou toda a minha vida pela minha mente e foi importante de verdade. Inclusive, um dos momentos mais marcantes foi quando uma borboleta azul apareceu no caminho”, diz.

Sobre a borboleta, ela conta que sua avó se chamava Daidamia, o mesmo nome dado a uma espécie de borboleta. “Senti que era minha avó que estava ali comigo, me acompanhando, cuidando de mim. Tinha prometido que não iria chorar, mas nesse momento não consegui resistir”.

Márcia conta que a promessa foi solitária, então amigos e familiares não a acompanharam, mas não deixaram de verificar se tudo estava indo bem. “Um aluno meu estava de férias e foi ver se eu estava bem, depois Felipe, meu companheiro, também foi ver e já perto de Camisão minha irmã, mãe e tia checaram também. No fim, estavam me esperando na capela com um café da manhã”.

Pensando sobre a experiência como um todo, ela completa dizendo que nunca irá se esquecer de cada centímetro andado. “É algo que vai ficar para minha vida e aproveitei ao máximo”.

Chegada foi aos pés de Nossa Senhora Aparecida. (Foto: Arquivo Pessoal)
Chegada foi aos pés de Nossa Senhora Aparecida. (Foto: Arquivo Pessoal)

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