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Comportamento

Para inspirar pessoas e fazer o que ama, Wagner toca jazz em semáforo

Musicista toca principalmente nas avenidas Eduardo Elias Zahran e Mato Grosso

Por Idaicy Solano | 18/05/2024 07:10
Musicista parou durante a pandemia, mas voltou a tocar nas ruas da cidade há quase um ano (Foto: Paulo Francis)
Musicista parou durante a pandemia, mas voltou a tocar nas ruas da cidade há quase um ano (Foto: Paulo Francis)

Seja para ajudar a aliviar o estresse do trânsito, inspirar pessoas, ou arrancar o mais sincero sorriso de uma criança, o musicista Wagner Alves dos Santos, 41, passeia entre os carros que aguardam no semáforo fechado da Avenida Eduardo Elias Zahran, próximo a um posto de combustíveis, tocando seu saxofone. Do instrumento dele saem melodias variadas, mas principalmente nos estilos jazz, blues e pop.

Enquanto músico, Wagner diz que seu principal objetivo é tratar as emoções positivas das pessoas e inspirá-las no dia a dia, por isso gosta de tocar nas ruas, pois para ele, as ruas estão entregues ao acaso e ao imprevisível. Além de todo dia ter um público diferente, ele diz que tem uma receptividade positiva. “Principalmente com as crianças. As crianças ficam super admiradas”.

No início, Wagner utilizava um saxofone feito de PVC artesanal, até conseguir comprar o instrumento. Ele começou a tocar na rua antes da pandemia, e só parou quando o isolamento social foi necessário para conter o vírus. Ele voltou com as apresentações há menos de um ano.

“Eu já toquei várias coisas, violão,percussão, flauta, mas o sax foi o único instrumento que eu me apaixonei e que eu não largo nunca. O sax foi a maior paixão da minha vida, vou ficar velhinho tocando. Se eu pudesse descrever o que eu sinto [quando to tocando], eu diria que me sinto perto de Deus”, declara Wagner.

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Wagner nasceu em Mundo Novo, mas se mudou para Campo Grande junto com a família durante a adolescência. Ele começou a estudar música aos 17 anos de idade, e aprendeu a tocar diversos instrumentos.

Ele chegou a formar uma banda de punk e hardcore com amigos, mas a ideia não foi para frente, pois precisou deixar a música para resolver “compromissos familiares". Dois anos depois, antes da pandemia, voltou a estudar percussão, e fez até parte de um grupo. Ele conta que nesse período passou a se interessar por outros instrumentos, e descobriu o saxofone.

Wagner trabalha se apresentando nos semáforos de Campo Grande, principalmente nas avenidas Eduardo Elias Zahran e Mato Grosso, e também tocando em eventos particulares. Hoje, ele diz que se sente realizado com a música. “Eu já consigo pagar minhas contas e continuar estudando música, sem precisar de outro emprego, pra mim isso é o maior sonho que eu posso realizar”.

Wagner passeia entre os carros tocando seu saxofone (Foto: Paulo Francis)
Wagner passeia entre os carros tocando seu saxofone (Foto: Paulo Francis)

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