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Comportamento

Para mãe que não pode adoecer, força vem do 1º sorriso do filho

História de Gisele e outras mães que lutam pelos filhos fez nascer uma feira especial que será no dia 17/08/24

Por Thailla Torres | 17/07/2024 11:29
Cada sorriso de Carlinhos vira combustível para mãe seguir em frente e hoje também se unir a outras mães.
Cada sorriso de Carlinhos vira combustível para mãe seguir em frente e hoje também se unir a outras mães.

É compartilhando a própria história com o filho, que Gisele Mendonza, 37 anos, encontra forças para seguir em frente e ajudar outras mães. Carlinhos, seu filho, veio ao mundo prematuramente, nascido de apenas cinco meses, trazendo consigo o diagnóstico de microcefalia e a perda da visão no olho esquerdo. Gisele, como tantas mães atípicas, viu-se imersa em um turbilhão de emoções e desafios que poucos podem compreender.

No início, houve muitas lágrimas. “Eu chorei muito, sofri”, relembra Gisele, ao falar do impacto devastador que o diagnóstico teve em sua vida. Ela se perguntava, com o coração apertado, por onde correria, a quem pediria ajuda. Mas foi nessa busca incessante por soluções e apoio que Gisele encontrou força nas pequenas vitórias diárias de Carlinhos.

Cada sorriso do filho era uma dose de alegria para o coração de Gisele, uma prova de que cada esforço, cada noite sem dormir, cada visita aos médicos e terapeutas valia a pena. “A gente não tem tempo de adoecer, não tem tempo de parar. A nossa força vem de cada sorriso, de cada avanço dos nossos filhos, por pequenino que seja”, diz Gisele.

Foi essa realidade, compartilhada por tantas outras mães, que inspirou Gisele a criar a Feira de Mães Atípicas
Foi essa realidade, compartilhada por tantas outras mães, que inspirou Gisele a criar a Feira de Mães Atípicas

Da força de uma mãe nasceu uma feira 

A vida de Gisele e Carlinhos é repleta de desafios. Carlinhos precisa de terapia constante e uma alimentação especial. “Ele não come ainda, toma leite especial e tem medo por conta da visão. Uma lata pequena custa caro, e todos os meses temos rifas, almoços para ajudar com os custos. Não dá para esperar tudo pelo SUS”, explica ela.

Foi essa realidade, compartilhada por tantas outras mães, que inspirou Gisele a criar a Feira de Mães Atípicas, que será no dia 17 de agosto, das 9h às 17h, na rua Montevidéu, 86 – Jardim Piratininga. E mães atípicas que quiserem participar pode entrar em contato.

Gisele percebeu que, apesar da luta diária, essas mães não tinham visibilidade, estavam escondidas nas salas de espera dos consultórios, nos corredores dos hospitais. A feira surgiu como um espaço de acolhimento, onde mães poderiam não só vender seus produtos, mas também compartilhar suas histórias, suas dores e suas conquistas.

“A gente tenta se erguer a cada dia, buscando qualidade de vida para nossos filhos. Foi assim que comecei a vender roupas plus size. Vi outras mães que vendem salgados, artesanatos, mas muitas vezes isso não é suficiente”, conta Gisele. A feira, então, tornou-se uma forma de unir essas mães guerreiras, dando-lhes uma plataforma para serem vistas e ouvidas.

A feira não será apenas um mercado, mas um símbolo da força dessas mulheres. "Cada sorriso, cada movimento é uma vitória", diz Gisele, que acredita que a feira pode dar visibilidade à luta de cada mãe atípica, para que seus trabalho também sejam reconhecidos e valorizados.

“Mães atípicas” são mulheres que têm filhos neuroatípicos, com alguma deficiência física ou intelectual. E é na união, na partilha de experiências, que encontram a força para seguir em frente.

Mães atípicas: participem da feira 

Por isso, quem for mãe atípica e quiser participar da feira, pode falar com Gisele através do whatsapp (67) 992489925

A feira será no dia 17 de agosto, das 9h às 17h, na rua Montevidéu, 86 – Jardim Piratininga.

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