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Comportamento

Para quem registra ‘joia da coroa do Pantanal’ cada dia é privilégio

Guia do Onçafari, Bruno tem a chance de fotografar onça-pintada e outras espécies que vivem no Refúgio Caiman

Jéssica Fernandes | 08/08/2022 07:08
Fotógrafo vê onça-pintada como joia do Pantanal. (Foto: Bruno Sartori Reis)
Fotógrafo vê onça-pintada como joia do Pantanal. (Foto: Bruno Sartori Reis)

Os dias do fotógrafo Bruno Sartori Reis nunca são iguais. “É sempre uma surpresa a cada curva”, diz o biólogo. Há dois anos, ele atua como guia do Onçafari no Refúgio Caiman, localizado no Pantanal de Miranda,  a 201 km de Campo Grande.

O trabalho dele rendeu diversos registros inéditos dos animais que residem na região. O mais recente é da onça que resistiu bravamente contra as investidas de acasalamento do macho durante quatro horas. Nas redes sociais, Bruno compartilha um pouco da rotina perto da espécie que chama de “Joia da coroa do Pantanal”.

Bruno comenta que sempre gostou de fotografar a fauna e no refúgio ecológico teve a chance de trabalhar nisso. “Sempre curti, mas aqui pude realmente focar nisso. O foco principal é vida selvagem até oportunidades que tenho de registar momentos únicos dos animais que encontro aqui pela Caiman”, afirma.

Há dois anos, Bruno atua como guia no projeto Onçafari. (Foto: Arquivo pessoal)
Há dois anos, Bruno atua como guia no projeto Onçafari. (Foto: Arquivo pessoal)

Além do fascínio pela vida selvagem aumentar, o fotógrafo conta que a rotina possibilita experiências únicas. “A gente começa a ter esses registros únicos que nunca outra pessoa vai ter a oportunidade de estar ali e ver a mesma coisa que eu vejo todos os dias. São momentos para serem guardados o resto da vida”, diz.

Como o projeto de ecoturismo da Onçafari é voltado para a conservação ambiental com ênfase nas onças-pintadas, o biólogo relata que tem a oportunidade de ver a espécie em diferentes ocasiões. “Como biólogo e guia todos os dias, eu estou indo atrás dessa joia da coroa do Pantanal que é a onça-pintada. A gente encontra ela em vários cenários, desde dormindo numa árvore, mergulhando no açude, caçando e brincando com os filhotes. Tem de tudo”, garante.

Apesar de ser a estrela da região, a espécie nem sempre é fácil de ser vista e fotografada. Por isso, a espera faz parte do processo que tem seu ápice quando a onça-pintada está no foco da lente de Bruno. “Para conseguir essas fotos é uma questão de paciência. Quando começamos a entender o comportamento do bicho, a gente acaba se adiantando, buscando posição melhor e aguardando que o animal venha da melhor maneira possível”, fala.

Onça-pintada avistada na região do Refúgio Caiman. (Foto: Bruno Sartori Reis)
Onça-pintada avistada na região do Refúgio Caiman. (Foto: Bruno Sartori Reis)

Embora tenha muitos registros da espécie, ele ressalta que sempre é especial obter mais um. “É um privilégio poder olhar nos olhos dessa grande rainha da floresta que temos aqui. Acompanhar ela no dia a dia e nos momentos mais íntimos é algo indescritível e um prazer imenso ver eles livres na natureza”, frisa.

Além da onça-pintada, o profissional também compartilha com o público fotos únicas de outras espécies famosas, como o tamanduá-bandeira, cervo-do-pantanal, tuiuiú,  araçari-castanho, jaguatirica, macaco-prego, jabuti, veado-campeiro e, é claro, a capivara.

Quem quiser acompanhar os registros do biológo, o perfil no Instagram é @brunosartorireis

Confira a galeria de imagens:

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