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Comportamento

Passados 14 anos desde 1ª foto na urna, veja antes e depois dos candidatos

Alguns deles estão na corrida eleitoral desde 2004 e muitos ficaram irreconhecíveis

Thaís Pimenta | 17/08/2018 08:24
Nelsinho, Amaducci, Picarelli e Tereza Cristina estão bem diferentes em comparação com fotos dos primeiros registros.
Nelsinho, Amaducci, Picarelli e Tereza Cristina estão bem diferentes em comparação com fotos dos primeiros registros.

Nas Eleições de 2018, a urna eletrônica brasileira completará 22 anos. Mas as primeiras informações disponibilizadas online no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) completam 14 anos. Eleitor curioso, que entendeu o poder de pesquisar o passado do candidato, também pode se divertir muito olhando os registros na internet.

Quem há muito tempo entrou na disputa eleitoral aparece ali em diferentes versões, com cabelo escuro, grisalho, magro, gordo, com jeito de garotão ou na maturidade que chegou ao longo das campanhas.

Navegando nas centenas de páginas do DivulgaCandContas, o Sistema de Divulgação de Candidaturas e de Prestação de Contas Eleitorais, descobrimos antes e depois surpreendentes. Será que você reconheceria hoje a pessoa em quem votou em 2004 ou 2006?

Na foto da esquerda, Humberto Amaducci era candidato à prefeitura de Mundo Novo, em 2004. Agora, em 2018, concorre ao Governo do Estado.
Na foto da esquerda, Humberto Amaducci era candidato à prefeitura de Mundo Novo, em 2004. Agora, em 2018, concorre ao Governo do Estado.

Humberto Amaducci, candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo PT (Partido dos Trabalhadores) teve uma da maiores transformações nas urnas, pelo menos no quesito físico.  O primeiro registro dele no site é de 2004, quando disputou a prefeitura de Mundo Novo. Na comparação com 14 anos, ele surge irreconhecível. 

Dos registros de 2004 para o de 2018, aparece com os cabelos e a barba grisalhos, provando que o tempo é o mesmo pra todos eles.

Amaducci assumiu o cargo de prefeito da cidade com 18 mil habitantes em três ocasiões. No primeiro mandato, teve que lidar com um dos períodos mais tensos por lá, depois do assassinato da ex-prefeita Dorcenila Falador. 

Talvez seja um dos candidatos ao governo mais desconhecidos pelos moradores da Capital, justamente, por ser do interior. Antes de entrar na política, era professor de história do Ensino Fundamental. 

Tereza Cristina em 2004 e agora em 2018, quando se candidata a reeleição como Deputado Federal.
Tereza Cristina em 2004 e agora em 2018, quando se candidata a reeleição como Deputado Federal.

A segunda candidata  no ranking das transformações na urna eletrônica é uma mulher. Entre as poucas representantes femininas há anos disputando cargos dentro do meio predominantemente masculino está Tereza Cristina, que luta pela reeleição como deputada federal pelo DEM (Democratas). A primeira imagem na tela do TSE foi usada durante a campanha pela prefeitura de Terenos, em 2004.

Observando as fotos, parece que estamos diante de outra mulher, tamanha é a diferenca com 2018.

Recentemente, ela ganhou fama nacional, ao receber enxurrada de críticas por defender Projeto de Lei que flexibiliza o uso dos agrotóxicos no Brasil. Mas os ataques pareceram não atingir a bancada ruralista, que comemorou a aprovação da proposta. A discussão rendeu à sul-mato-grossense o título de “Musa do Veneno”.

No primeiro registro Nelsinho foi eleito no primeiro turno como prefeito de Campo Grande e agora é candidato ao Senado Federal.
No primeiro registro Nelsinho foi eleito no primeiro turno como prefeito de Campo Grande e agora é candidato ao Senado Federal.

O sorriso é o mesmo, mas na primeira foto o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, aparece bem garotão. Não para menos, já que o registro tem o tempo de quase 4 mandatos. A estreia com foto nas urnas ocorreu na briga municipal que marcou o auge dele na política até agora, iniciadaem 1992, quando foi eleito vereador por Campo Grande.

Elegeu-se deputado estadual em 2002 e, no ano seguinte, filiou-se ao PMDB, para concorrer, em 2004 a Prefeitura de Campo Grande. Foi reeleito prefeito nas eleições de 2008 e agora, o momento é de fazer campanha pelo Senado Federal.

De lá para cá, houve mudança de partido, novo casamento e agora o médico e filho do ex-deputado federal Nelson Trad quer seguir a trajetória do pai em Brasília.

 

Maurício Picarelli é um dos rostos mais vistos na televisão e, mesmo assim, a gente não nota o quão diferente ele está.
Maurício Picarelli é um dos rostos mais vistos na televisão e, mesmo assim, a gente não nota o quão diferente ele está.

Com feição de pouco amigos,  Maurício Picarelli se lançou candidato a uma vaga na Assembleia em 2006 pelo PTB.  De lá pra cá, ele talvez tenha sido um dos rostos mais vistos na televisão regional. Por isso, fica bem mais difícil perceber as mudanças ao longo do tempo.

Com bordões como "Minhas comadres, meus amigos", "Não assine nada sem ler", Picarelli esteve a frente de programas televisivos como Povo na TV e o Picarelli com Você por mais de 34 anos. 

Novamente como candidato à Assembleia, um dos recordistas em mandatos no Legislativo Estadual estampa na urna um rosto bem mais simpático e deixa claro que com tanto tempo na política aprendeu que para é preciso sorrir para conquistar eleitores.

Cabo Almi aparece galã em 2004, quando concorre como vereador de Campo Grande.
Cabo Almi aparece galã em 2004, quando concorre como vereador de Campo Grande.

O petista Cabo Almi também mudou consideravelmente. Na foto de 2004, ele aparece com uma pinta de galã como candidato a reeleição para vereador de Campo Grande. No estilo que apresenta em 2018 é o senhor na guerra por uma vaga na Assembleia.

A carreira política começou em 1996, quando foi eleito vereador em Campo Grande, pelo Partido dos Trabalhadores, reeleito por mais três mandatos, até assumir a vaga de deputado estadual em 2011. Em 2014 voltou como deputado estadual e agora disputa a reeleição no cargo.

Almi é paranaense, e depois de trabalhar como cobrador de ônibus, empacotador e promotor de vendas, prestou concurso e virou cabo da PM.

 

Candidato a reeleição como senador, Moka mostra que ate estilo dentro da política mudou.
Candidato a reeleição como senador, Moka mostra que ate estilo dentro da política mudou.

Candidato a releeição ao Senado pelo MDB, Waldemir Moka mostra até como a moda dentro da política mudou. Na primeira foto, a camisa tendência tinha listras, no clássico preto e branco, mais descolada do que a que ele resolveu usar na candidatura de 2018, bem séria.

Na primeira foto, o registro é de quando ele se candidatou a deputado federal. Porém, antes disso foi vereador, se reelegeu como deputado estadual e federal por três mandatos em cada cargo e, finalmente, foi eleito senador por Mato Grosso do Sul em outubro de 2010. Foi a oitava eleição consecutiva em sua carreira, na qual obteve 544 mil votos.

O sucesso nas urnas veio depois de anos em sala de aula, como professor de cursinho preparatório para o vestibular.

Alex Figueiredo disputa vaga na Assembleia Legislativa.
Alex Figueiredo disputa vaga na Assembleia Legislativa.
E Alexandre Figueiredo é candidato a deputado federal.
E Alexandre Figueiredo é candidato a deputado federal.

E quando dois candidatos são praticamente iguais no rosto, no nome e no número?

Ainda nesta brincadeira de quem mudou mais, a gente notou uma curiosidade nos registros das eleições deste ano em Mato Grosso do Sul. Os irmãos Alexandre Figueiredo e Alex Figueiredo concorrem a deputado federal e deputado estadual.

O primeiro é inspetor da PRF (Polícia Rodoviária Federal), o segundo é professor. Irmãos, os dois decidiram mostrar apoio um ao outro nas redes sociais, o que torna a situação ainda mais confusa.

Se já não fosse apenas a semelhança física dos dois, os números para cada candidato também ajudam a embaralhar tudo na cabeça do eleitor. Nas urnas, Alexandre é o número 1.888 e Alex o 18.888. Se não fosse a colinha, com certeza um monte de gente confundiria um irmão com o outro.

Gostou da brincadeira e gostaria de conhecer outros candidatos destas eleições gerais? Neste link é possível navegar e descobrir informações como a escolaridade, passado eleitoras e a lista de bens declarados.

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