Pastor campo-grandense volta ao Nepal para ajudar vítimas do terremoto
Depois de viver um ano no Nepal como missionário, o pastor Yuri Breder, de 31 anos, de Campo Grande, retornará ao país nesta sexta-feira (8) para ajudar as vítimas do terremoto que abalou o país no final do mês passado. Ele deve se unir a um grupo de brasileiros que trabalham no apoio aos desabrigados.
O destino do pastor é a capital, Katmandu, local do epicentro do abalo sísmico, que provocou destruição e mortes por toda a região, especialmente nos vilarejos em volta das montanhas. “Tenho informações de colegas missionários que estão lá que o caos prevalece no país”, contou.
Yuri Breder, que é fisioterapeuta, deve ficar cerca de 20 dias no país para auxiliar a comunidade brasileira de missionários que atuam como voluntários no Nepal. “Vamos levar alguns recursos para podermos comprar mantimentos e distribuirmos aos desabrigados”, relatou. Disse que não vai ficar mais tempo por conta de compromissos com a igreja no Brasil e, dessa vez, não vai levar a esposa Carolina Nascimento Breder.
Conforme Breder, os missionários que estão no país há cerca de dois meses na Capital não foram feridos com tragédia “graças a Deus”. Ele vai se juntar ao unhado, Filipe Bittencourt do Nascimento, de 26 anos, que está no país, também missionário, desde fevereiro de 2015.
O pastor contou ainda que sua missão será levar mantimentos aos vilarejos localizados nas regiões montanhosas, locais que ele conheceu durante sua estada no país em 2011. “Nossa missão é pelo amor a Deus, que nos move a colaborar com nossos irmãos em um momento tão delicado”, ressaltou.
Apesar de ter muitas instituições cristãs desenvolvendo diversos projetos de auxílio ao povo nepalês, um dos mais pobres do mundo, Breder disse que sua viagem é independente e conta com ajuda de companhias aéreas que doaram as passagens. Antes do terremoto o Nepal era considerado um dos 20 países mais pobres do mundo.
O terremoto de 7,8 graus de magnitude atingiu o país no dia 25 de abril e destruiu grande parte de Katmandu e muitos vilarejos próximos ao epicentro, registrado a 70 Km da capital. O tremor foi o maior já registrado desde 1934. Os mortos pelo terremoto chegam a 7.557 mortos e 14.409 feridos.
O Nepal tem uma economia baseada na agricultura e no turismo. Cerca de 90% dos habitantes trabalham na agricultura, principalmente no cultivo de arroz. Aproximadamente 25,2% da população nepalesa vive abaixo da linha de pobreza, conforme dados de 2012 divulgados pelo Banco Mundial.