Paulo Gustavo e Gianecchini entram em campanha de projeto criado em MS
Criada há seis anos em Campo Grande, a ONG Fraternidade Sem Fronteiras ganha apoios famosos na tentativa de comover padrinhos e ajudar mais e mais crianças na África. A Organização conseguiu vestir a camisa do projeto em personalidades como o comediante Paulo Gustavo, a atriz Paloma Bernardi e o ator Reynaldo Gianecchini.
O empresário Wagner Moura Gomes, de 42 anos, é presidente e fundador da organização e conta que o artista ficou interessado em divulgar a campanha, depois de acompanhar uma palesta sobre o projeto em Birigui (SP), em dezembro do ano passado.
“Toda a divulgação do trabalho da ONG sempre foi feito pelos nossos parceiros e multiplicadores da ideia. Em uma destas palestras na cidade paulistana, o Gianechinni teve o seu primeiro contato com o projeto, gostou da iniciativa e se ofereceu para divulgar”, comenta.
O global não só posou para as fotos com a camiseta de divulgação da campanha, como também gravou video e publicou no seu Instagram e Facebook. Ainda segundo Wagner, a iniciativa do ator foi o ponta pé para que outros artistas também se oferecessem para fazer fotos com a camiseta que tem estampada uma mão colorida, o símbolo da ONG.
Além de Paloma e Gianechinni, desde janeiro deste ano posaram para os ensaios o DJ Alok e o novo nome do sertanejo romântico, Paula Mattos.
A mais nova parceira que não só cedeu sua imagem, como também é madrinha da Fraternidade Sem Fronteiras, é a produtora de cinema de filmes como "Se Eu Fosse Você", Iafa Britz. Em julho, ela também viaja com uma equipe de 33 pessoas entre médicos e dentistas, para conhecer de perto o trabalho da ONG.
Mas um dos nomes realmente conhecidos vem do humor. Ao lado do dermatologista e marido Thales Bretas, o comediante Paulo Gustavo também convocou voluntários em foto postada no Facebook.
Segundo Wagner, o resultado é o aumento expressivo no número de doações e padrinhos do projeto. “Antes da campanha feita pelos artistas, o número de padrinhos era de aproximadamente 3 mil. Depois das postagens, o projeto ganhou, pelo menos, mais 2 mil apadrinhados”, comemora.
O projeto foi criado para minimizar a situação das crianças no continente africano. “Só em Moçambique, vivem pelo menos 600 mil órfãos de pais mortos pelo HIV, que ainda precisam da nossa ajuda. Mas sempre foi um sonho nosso, ampliar a divulgação da campanha para conseguir mais parceiros. Essa visibilidade que estes artistas trouxeram, contribuiu para esse trabalho de “formiguinha”, que até então sempre foi feito no boca-a-boca”, conta.
ONG – O Fraternidade Sem Fronteiras foi criada no ano de 2009, mas desde o ano de 1995 Wagner e outros voluntários já desenvolviam trabalhos filantrópicos para jovens e crianças da periferia de Campo Grande.
A instituição foi fundada para dar continuidade, mas também ampliar a experiência em campo no trabalho com jovens em situação de pobreza e fome.
“Partiu de uma inquietação pessoal em não aceitar que enquanto em uma extremidade do mundo uma família pode consumir todas as refeições, em outro as crianças ainda passam fome ou sem a menor noção de higiene. Ao lado de pessoas que também acreditam nesse conceito de família humanitária e universal, dei inicio a organização ”, comenta.
A primeira ação da Fraternidade Sem Fronteiras foi com a promoção de um churrasco para mil pessoas, que arrecadou R$ 25 mil e que foi revertido para os primeiros programas voluntários no continente africano.
Atualmente, a Fraternidade Sem Fronteiras atende mais de 3 mil crianças em nove aldeias de Moçambique e mais duas estão com previsão de receber polos do projeto. Os Centros de Atendimento para Crianças Órfãos e Vulneráveis funcionam como uma espécie de creche que recebe crianças entre 3 e 13 anos.
Entre 13 e 19 anos, eles participam do Projeto Jovem, que além de custear os estudos dos adolescentes, também oferece, no contra turno da escola, desde atividades culturais como canto e dança, até alimentação e noções básicas de higiene.
“Antes da Fraternidade chegar até estes locais, muitas destas crianças nunca tinham feito mais de uma refeição no dia. Algumas delas nunca nem sequer tinham pegado em uma escova de dentes. Com iniciativas como o Projeto Jovem, por exemplo, também conseguimos elevar o número de jovens que passavam do sétimo ano na escola e continuaram no ensino regular”, conclui.
Doações – Cada criança atendida pela Fraternidade Sem Fronteiras, pode ser apadrinhada mesmo a distância, pelos voluntários que todo mês tem que contribuir com apenas R$ 50,00, via depósito bancário.
Outra forma de arrecadação é comprando as camisetas da campanha, que estão à venda na sede do projeto, que fica na Rua 13 de Junho, 1778. Qualquer um também pode participar das caravanas de visitação as aldeias e que acontecem de duas até três vezes ao ano.
Com previsão de estreia em 18 de julho, no auditório da Mace, quem for assistir o monólogo “Gandhi – Um lider Servidor” também contribui com a ação. Na peça, parte da renda arrecadada é doada para a instituição. Quem dá vida ao personagem é o ator João Signorelli, que já passou por emissoras como a Rede Globo e SBT.
Mais detalhes podem ser obtidos pelo site da Fraternidade Sem Fronteiras ou pelo telefone 3028-5429.
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