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Comportamento

Pendurado em prédios, Fábio é 'homem-aranha' do ar condicionado

Apaixonado por esportes radicais, ele uniu o útil ao agradável e realiza instalação e manutenção nas alturas

Por Idaicy Solano | 26/12/2024 06:21

Preso por cordas e equipamentos de segurança, Fábio Henrique de Souza, de 45 anos, se tornou o "homem-aranha" do ar condicionado, ao se lançar pelas laterais de prédios pela cidade para realizar manutenção e instalação de aparelhos de climatização.

Desafiando os perigos da gravidade, a atividade tem nome, se chama rapel industrial e Fábio garante ser o primeiro em Campo Grande a realizar o serviço preso em cordas.

Fábio relata que trabalha na área de climatização há nove anos, realizando a instalação e a manutenção de ar condicionado. Ele explica que o trabalho é feito por acesso por meio de cordas, na modalidade de rapel.

O profissional compartilha também que essa maneira de executar o serviço, até alguns anos atrás, era inexistente dentro da profissão, mas vem ganhando força nos últimos tempos.

Sobre adaptar o serviço nas alturas às cordas, Fábio garante que não houve dificuldade alguma, pois como é apaixonado por esportes de aventura, conseguiu se adaptar e pegar a prática com bastante facilidade.

"Procurei um amigo que trabalha nessa área de rapel industrial em Balneário Camboriú e ele me incentivou. Logo procurei um curso especializado, formei e hoje sou pioneiro em Campo Grande nessa área de instalação e manutenção de climatização por cordas", diz.

Por ser uma "área" nova e pouco explorada, Fábio revela que é muito difícil encontrar mão de obra. Ele brinca dizendo que, para ele, se pendurar nos prédios não é desafio algum, e gosta muito da adrenalina e friozinho na barriga, o verdadeiro desafio mesmo é achar profissionais para trabalhar.

Por isso, vendo a 'dificuldade' do marido, a esposa, Cleoni Aparecida Ferreira de Souza, de 44 anos, decidiu entrar na onda e unir forças com Fábio, e aprender o rapel industrial também. "Ela também já gostava dessas coisas, então vendo essa dificuldade, falou 'eu quero', e foi aí que a gente se juntou, chamei meu instrutor e ela fez o curso".

Sobre escalar prédio gigantescos, Fábio garante que não sente medo algum. "Não tenho medo, gosto muito. Fico até com abstinência quando demoro muito pra fazer rapel, sou viciado em adrenalina. Eu amo o que faço. Nas horas vagas, procurando estar sempre praticando escalada".

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