Quais bustos históricos espalhados por Campo Grande você conhece?
De líderes indígenas até políticos, personagens que compõem a história guardam memórias
Há diversas formas de se conhecer a história de Campo Grande e uma delas é através dos monumentos que se espalham por toda a cidade. Dedicados a personagens que, de algum modo, foram importantes para Mato Grosso do Sul, os bustos entram nessa narrativa. Pensando nisso, o Lado B reuniu as representações encontradas na Capital e quer saber: quantas você conhece?
Bustos, para quem não sabe, são representações esculpidas que se limitam à parte da cabeça, pescoço, parte do torso e ombros. E, iniciando a lista, começamos com a imagem do homem que dá nome à principal praça da cidade, Ary Coelho de Oliveira.
Localizado no Paço Municipal, na Avenida Afonso Pena, o busto de Ary é acompanhado pela mensagem “Por um regime de responsabilidade, honestidade e trabalho”. Formado em medicina, Ary Coelho nasceu em Paranaíba e foi eleito prefeito de Campo Grande em 1951, tendo sido assassinado em 1952, em Cuiabá.
Já em outro canto da cidade, no Parque das Nações Indígenas, estão Marçal de Souza e Marta Guarani, ambos na entrada kadiwéu, pela Rua Antônio Maria Coelho. Os dois bustos foram entregues, conforme material informativo da Prefeitura de Campo Grande, em 2016, produzidos por Paulo Rubens Parlagreco.
Marçal, nascido em 1920, se tornou um nome reconhecido internacionalmente por suas lutas pelo povo guarani e reconhecimento dos territórios indígenas. Em 1980, fez um discurso ao Papa João Paulo II falando sobre como as terras indígenas foram invadidas e tomadas no Brasil.
Marta da Silva Vito, a Marta Guarani, nasceu em 1942, na aldeia Jaguapiru, em Dourados. Assim como Marçal, se tornou uma liderança indígena e conseguiu conquistas importantes como a criação da Delegacia Regional da Funai em Amambaí.
Feito em granito resinado pela artista Maria de Oliveira, o busto de Tia Eva fica localizado na comunidade que recebeu seu nome, em frente à Igreja de São Benedito. Escrava alforriada e fundadora da comunidade quilombola, ela participou da fundação da cidade após deixar Goiás com suas três filhas.
Por não existirem retratos fotográficos de Tia Eva, o busto foi construído a partir de 50 retratos falados.
Personagem que integra a fundação de Campo Grande, José Antônio Pereira também recebeu um busto em sua homenagem, localizado na Avenida Afonso Pena. Datado de 1972, o busto é feito de bronze e possui base revestida de granito cinza.
A instalação integrou as comemorações do centenário da chegada de José Antônio com sua família na região dos córregos Prosa e Segredo, em junho de 1872. Na época, ele se estabeleceu com sua caravana e criou o Arraial de Santo Antônio do Campo Grande.
Na Praça Ary Coelho, o busto de João Pandiá Calógeras também segue exposto. Feito em 1928 por Rodolfo Bernardelli, o item é de bronze com base de concreto. Calógeras foi um engenheiro e escritor com mais de 60 livros publicados, tendo sido eleito na Câmara Federal.
Foi ministro de guerra no governo de Epitácio Pessoa e, conforme material da Prefeitura de Campo Grande, sua atuação foi decisiva para instalar as unidades da 9ª Região Militar e do Comando Militar do Oeste. Além disso, projetou o casarão da Morada dos Baís.
Localizado na Escola Estadual Maria Constança de Barros Machado, na Rua Marechal Cândido Mariano Rondon, o busto de Fernando Corrêa da Costa foi implantado como uma homenagem por sua carreira política.
Formado em medicina, venceu a eleição para prefeito de Campo Grande em 1947. Em seu mandato, foi construída a escola estadual que recebeu seu busto. Além disso, foi também governador de Mato Grosso do Sul, senador da República, diretor do Hospital de Campo Grande e professor.
Retornando novamente ao Parque das Nações Indígenas, a entrada Guarani, pela Avenida Afonso Pena, guarda o busto de Harry Amorim Costa. Engenheiro, ambientalista e político, ele exerceu o cargo de primeiro governador de Mato Grosso do Sul, quando o estado havia sido recém-criado.
Costa também foi deputado federal de Mato Grosso Sul e teve seu busto implantado no Parque das Nações Indígenas em 1999 como parte das comemorações de emancipação de Campo Grande.
Feito em bronze sobre base de granito, Tiradentes, o Joaquim José da Silva Xavier, também foi homenageado em Campo Grande. Localizado no Comando Geral da Polícia Militar de MS, no Parque dos Poderes, o busto representa o patrono das polícias militares do Brasil.
Instalado em 1984, o busto do inconfidente mineiro se une à sede da corporação que possui seu nome, Palácio Tiradentes.
E, para fechar a lista de bustos, Vespasiano Barbosa Martins está localizado na praça da igreja Santo Antônio, Rua 15 de Novembro com a Avenida Calógeras. Tendo sido desde prefeito de Campo Grande até senador, Vespasiano foi médico e integrou o movimento para a separação de Mato Grosso do Sul.
Seu busto foi uma homenagem póstuma, produzido em 1969 em bronze sobre uma base de concreto.
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