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Comportamento

Rotina de recenseador do IBGE inclui até correr atrás de cachorro fujão

Educador físico, Gabriel resolveu experimentar serviço e conta sobre como os dias têm seus momentos engraçados

Aletheya Alves | 27/08/2022 07:59
Em uma das entrevistas, Gabriel precisou até correr atrás de cachorros. (foto: Arquivo pessoal)
Em uma das entrevistas, Gabriel precisou até correr atrás de cachorros. (foto: Arquivo pessoal)

Esperando uma rotina cheia de “nãos”, o recenseador do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) Gabriel Lucena, de 35 anos, conta que jamais se imaginou correndo atrás de cachorro no meio do serviço. Mesmo parecendo mentira, ele detalha que esse foi o momento mais engraçado do seu cotidiano nos últimos tempos.

Profissional de Educação Física, Gabriel está em seu primeiro ano como recenseador e explica que resolveu fazer o concurso do IBGE por ter horários livres. Desde então, ele tem reunido algumas histórias para contar.

Assim como nos outros dias, Gabriel conta que estava batendo de casa em casa até que chegou o momento do susto. “Quem veio me atender foi a funcionária que trabalhava lá e, enquanto ela explicava que a dona da casa não estava, um pinscher e outro que parecia lhasa apso correram para a rua”.

Sem saber o que fazer, ele narra que a funcionária, Dalida Ferreira Beserra, foi para a calçada e, piorando tudo, o portão fechou sozinho. Hoje, já conseguindo rir da situação, Gabriel comenta que ele e a mulher ficaram sem saber o que fazer.

“A chave tinha ficado dentro da casa, ela estava sem celular e os cachorros para fora. Falei para ela se acalmar que eu ia ajudar e começamos a sair pela rua chamando os dois”, diz Gabriel.

Depois de muito tentar, cada um saiu com um cachorro nos braços e voltaram para a casa. Com isso resolvido, ele detalha que a saga para conseguir fazer com que a funcionária voltasse para a residência começou.

Procurando no Google, eles encontraram o telefone da empresa do proprietário da casa e, finalmente, a resolução final chegou. “A dona da casa chegou toda assustada, me agradeceu e, claro, perguntei se ela podia dar entrevista. Na hora ela aceitou e continuou agradecendo”.

Completando a história, Gabriel brinca que ele e a funcionária da casa passaram um bom tempo conversando e até amigos de Instagram se tornaram. “Jamais imaginei que a rotina teria uma coisa assim. Imaginei que seria mais grosseria mesmo e até fiquei surpreso porque tem muita gente bacana”.

Além desse episódio, o recenseador explica que já ficou com medo de ser assaltado e até xingado já foi. “Uma pessoa começou a correr atrás de mim perto de uma praça, me xingou e ficou me seguindo. Fiquei um pouco assustado porque imagina a pessoa querer te agredir do nada, mas ficou tudo bem”, conta.

Já entre os momentos mais “normais”, ele comenta que as pessoas têm sido receptivas, mas que sempre há aqueles mais mal educados. Gabriel relata que entende quem fica em dúvida, mas que ser tratado com grosserias é a parte complicada do serviço.

“Tem gente que trata a gente como se fosse bandido. Ao invés de só negar ou algo assim, tratam mal, quase xingam”, completou. Apesar disso, ele completa que a rotina tem sido interessante e que ainda há mais dois meses de trabalho para reunir novas histórias.

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