Se rodar a cidade, dá para comer seriguela, amora e jaca de graça
Na cidade, árvores frutíferas não faltam para a alegria de quem ama comer fruta e levar algumas para casa
Quem nunca aproveitou para colher seriguela, pitanga, goiaba e, claro todo tipo de manga de árvores na rua, praça ou parque ainda não vivenciou uma das experiências mais simples e doces da vida. O costume, que remete à infância, perdura para quem na vida adulta não perde a oportunidade de apanhar umas frutas a caminho do trabalho.
Em Campo Grande não é preciso andar muito para encontrar uma árvore frutífera. Na entrada do Parque do Prosa, no final da Avenida Afonso Pena com a Avenida do Poeta, amoras foram plantadas na rotatória. Já no Parque das Nações Indígenas existem diversas espécies da fruta queridinha do brasileiro: manga
O Lado B rodou a região em busca de mais árvores frutíferas e a sorte do dia se deu no Bairro Santa Fé, na Rua Euclides da Cunha. Na calçada encontramos um vistoso pé de jaca e ao lado dele um de acerola, porém com pouquíssimas frutas.
Próximo dessas duas árvores, na esquina, funcionários de uma empresa de telefonia conversaram com a reportagem. José Antônio, de 32 anos, e Eduardo Lima, revelaram ser do time que não desperdiçam uma fruta no pé.
Como ambos percorrem diversas regiões da cidade, não faltam ocasiões oportunas para comer seriguela ou goiaba na rua, parque e por aí vai. “Na maioria das vezes é quando tá no serviço, a gente come, goiaba então…”, diz José.
Ele conta que somente uma vez teve problemas ao fazer o que virou costume. “Uma vez eu subi num pé de jaca numa praça e veio uma mulher falando: ‘Desce, desce que isso não é seu, eu que plantei, está de frente a minha casa’. É uma praça, então não deveria ter esse negócio”, comenta.
Vale destacar que não existe problema algum colher frutos de árvores plantadas em espaços públicos, como na situação descrita por José. No entanto, o caso é diferente quando se trata de árvores frutíferas em terreno particular.
Conforme o artigo 1284 do Código Civil: ‘Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde caíram, se este for de propriedade particular’. Neste cenário, o fruto será seu se o mesmo cair no solo do seu terreno. Por isso não tem problema comer jaca, seriguela ou qualquer outra fruta que esteja em áreas públicas.
Dono de um lava-jato há 11 anos, Emídio Júnior, de 50 anos, relata que uma vez por ano aproveita para pegar algumas das jacas plantadas em frente onde trabalha. “A jaca a gente pega, leva pra família. Tem quatro ou cinco clientes que sempre pedem também”, fala.
Ele revela que trabalhadores da região também fazem a festa com as seriguelas e acerolas plantadas nas calçadas. “Agora o pé tá sem acerola. Mas, quando tem, o pessoal, principalmente da construtora, passa ali e pegam até de sacola. Lá na frente tem outro pé de seriguela e o povo pega mesmo”, afirma.
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