Solteira a vida toda, quem ganhou coração de Geni foi o esporte
Aos 82 anos, a moradora do Jd. Bálsamo conta que se sente cada vez mais jovem graças às competições
“Eu já namorei, amei, gostei, chorei, mas casar nunca aconteceu mesmo e não me arrependo”, conta Geni Paula Martines Moreira. Orgulhosa das medalhas e troféus que coleciona há 15 anos, a moradora do Jardim Bálsamo conta que no fim das contas quem ganhou seu coração foi o esporte.
Sem se importar com os tabus do casamento e da idade, a senhora de 82 anos faz questão de dizer que é feliz com sua vida. Além disso, garante que cada vez se sente mais jovem e tudo isso graças às práticas que vão desde bocha até jogo da malha.
Brincando, Geni conta que foi “nascida e malcriada" em Campo Grande, sendo que até os 57 anos se dedicou às duas filhas e ao trabalho deixado pelo pai. “Minhas duas filhas são de criação, sempre amei como minhas. E trabalhava em uma lavanderia que primeiro era do meu pai e depois passou para mim”.
Com a aposentadoria vieram as dores e doenças, tanto que a moradora explica ter se preocupado com o avanço rápido da idade. “É só se aposentar que já começa a aparecer um monte de doença de velhice, dor por tudo. Mas aí comecei a ir no Vovó Ziza”, diz.
Até conhecer o centro de convivência do idoso, Geni explica que não sabia o que iria fazer da vida. Por isso, faz questão de dizer que não sabia jogar uma bola sequer antes de dar início aos treinamentos.
“Eu fui aprendendo tudo aos poucos, hoje o que mais faço é jogar bocha, malha, sinuca e dama. Mas até dançar música country eu aprendi a dançar e não me canso não. Acho que estou bem”, conta Geni.
Se recordando das premiações, a atleta explica que a maioria de suas medalhas são de “ouro” e foram conquistadas tanto em Campo Grande quanto a nível estadual. “Nós temos essas competições municipais e quem fica em primeiro lugar vai para o estadual. Já trouxe muita premiação para Campo Grande jogando”.
Hoje, ela vive apenas com a coleção de premiações e seus cachorros, explicando que segue feliz. “O que eu não gosto é de ficar parada em casa. Aproveito ao máximo eu vou lá para o Vovó Ziza treinar, conversar. Só acabo parando mesmo na época de férias”.
E sobre as relações amorosas, ela detalha que sente já ter vivido o bastante para entender que um casamento não era algo desejável. “Antes eu até pensava nisso, mas fui deixando para lá e não sinto falta mesmo. Brinco que meus companheiros são meus cachorros e ainda tenho tempo para viver minha vida”, explica.
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