Tatuagem delicada surgiu para Rebeca não esquecer o colo do avô

A última mensagem que Rebeca de Azevedo, 24 anos, recebeu do avô foi em 2018. Era um áudio de feliz aniversário gravado por seu Benedito desejando toda a alegria do mundo à neta querida. Quando ele faleceu, a neta passou a escutar todos os anos a mesma mensagem, mas o celular quebrou e ela ficou sem a mensagem. Foi quando uma fotografia resgatada trouxe à tona todas as memórias boas do avô, por isso, ela resolveu eternizar esse momento na pele.

Foi o medo de esquecer da voz dele ou até mesmo do rosto que levou Rebeca ao estúdio da tatuadora Sol Ztt para colocar no braço o retrato feito há 20 anos. “Eu já havia feito outra tatuagem em homenagem a ele, um pássaro por ele gostar muito de passarinhos, e quando vi essa foto antiga pensei instantaneamente que precisa guardar ela de um jeito que nunca perdesse e tivesse sempre ali o rosto dele, para poder olhar sempre que quisesse”, descreve a neta.

A foto foi reproduzida com traços delicados de Sol, que trouxe uma originalidade à tatuagem através das cores.

Quando viu a tatuagem pronta, depois de quatro horas de sessão, Rebeca diz que ficou emocionada. “Mesmo acompanhando todo o processo, ver ela finalizada e ver que a Sol representou o rostinho do meu vô perfeitamente deixou meu coração quentinho. Fico várias vezes olhando pra tatuagem, passo pelo espelho e olho durante horas se puder, eu sei que é só uma representação do que eu realmente vivi, mas me traz conforto ao ver que realmente nunca vou esquecer dele, e não apenas pela tatuagem, mas também por tudo que ele me fez e me ensinou a ser”.

A foto com seu Benedito foi feita em 2001, eles estavam em um evento da igreja. “Me faz lembrar muito de quem meu avô representava ser pra mim, uma pessoa cristã e eu ali no colo dele, me remete ao cuidado que meu avô sempre teve comigo. Sempre que olho pra essa foto me dá uma sensação de carinho e amor”.

A neta também descreve que seu Benedito sempre foi um homem trabalhador, comunicativo e amigo de muita gente. Todos conheciam ele na cidade, e também sempre foi uma pessoa que ajudava as outras, sendo da família ou não, era muito empático. Ele era uma pessoa que sempre se fazia presente de alguma forma e sinto que ainda hoje é assim também”.

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