Tatuagem que parece adesivo conquista pele de campo-grandense
O "sticker tattoo" não é uma novidade, mas agora que o campo-grandense tem apostado no estilo; você faria?
Quem olha o desenho acima pela primeira vez até pensa que é um adesivo colado na pele. Mas é uma tatuagem planejada para imitar um adesivo. O estilo chamado "sticker tattoo" não é uma novidade, mas é pouco explorada nos estúdios de Campo Grande. É o que diz o tatuador Alexander Galvão de Oliveira, que apostou na técnica para tatuar uma capivara com hambúrguer.
O desenho foi o primeiro sticker tattoo feito pelo profissional e serviu de modelo para participar da North Coast RS Convenção, na disputa por um prêmio na categoria desse estilo.
A ‘tela’ - O empresário André Kodjaoglanian, de 31 anos, foi a ‘tela’ para receber a capivara devorando hambúrguer. Com mais de 20 tatuagens no corpo, sendo uma delas da Larissa Manoela, André agora tem a sticker tattoo de capivara no corpo
André não conhecia o estilo, mas topou a ideia de tatuar o desenho que traz referências pessoais. “O hamburguinho é por causa da minha hamburgueria (L.A Burgerz) e a capivara é de MS e eu gosto de animais. Gostei bastante”, destaca.
O tatuador conheceu o estilo pelas redes sociais e viu pela primeira vez no Brasil em 2018. De imediato, gostou da proposta. “Tem um gringo, o Mr. Sticker, que começou a fazer e achei interessante, mas nunca tinha feito. Aí vi um tatuador aqui do Brasil que fez e eu achei muito massa. No começo de 2019, encontrei uma pessoa que estava disposta a fazer pela primeira vez. Fiz um Mario como sticker na época”, lembra.
O tatuador seguiu explorando as possibilidades e hoje prefere criar desenhos que fogem da pegada realista quando o assunto é sticker tattoo.
“A ideia do estilo é simbolizar um adesivo comercial. Gosto de imagens que sejam desenhos para virar um adesivo, porque transformar uma arte mais realista não combina tanto. Gosto de ideias mais cartoonizadas para aplicá-las na técnica do adesivo”, afirma.
Como toda as outras, a técnica exige atenção redobrada. “O sticker parece ser fácil, mas você tem que trabalhar com uma precisão maior no contorno e com uma aplicação sólida. Qualquer estilo colorido é difícil, mas aqui leva um pouco mais de precisão porque a tatuagem tem que ser com tamanho reduzido”, pontua.
Preferencialmente, o desenho deve ter de 10 a 12 centímetros. No caso da tatuagem da capivara com o hambúrguer, ele aproveitou para simular um efeito ‘dobrado’ como se o adesivo estivesse sendo puxado em uma parte. “Eu trabalhei fundo, sombras dentro e busco essa ideia meio dobrada”, completa.
Atuando na área da tatuagem desde 2007, Alexander, que é conhecido como Xandaum, gosta da arte na pele desde a adolescência. Na fase adulta, buscou espaço para começar a carreira como aprendiz e de lá pra cá não parou de tatuar. “Desde pequeno gostava de desenhar, gostava de tatuagem, e lembro que falava para minha mãe comprar aquelas tatuagens de tribal na feira. Aos 17 anos conheci o Jacó e ele abriu o espaço dele para me ensinar de graça. Foi aí que comecei”, recorda.
Nesses 17 anos de experiência, Xandaum aprendeu a tatuar de tudo, mas prefere o colorido e new school. A sticker tattoo é outra vertente que ele deseja explorar mais, mas a procura é pouca. A região sul do país, segundo ele, é onde tatuagens nessa linha costumam sair mais. “O pessoal aqui de Campo Grande gosta mais do preto e cinza. O colorido quase não. Acredito que as pessoas ainda têm medo porque no passado faziam tatuagens coloridas e não ficavam muito boas. Mas, antigamente, o material era diferente, as técnicas eram diferentes”, diz.
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