Traumatizadas com ano bissexto, 2020 é para Selmira e Daniela comemorarem
Elas são adultas adolescentes que ganhavam presente a cada quatro anos e agora querem a festa de debutante
Quem faz aniversário no dia 29 de fevereiro pode conseguir realizar aquela festona para comemorar, né? Afinal, tempo é o que não falta. São quatro anos entre um intervalo e outro, dá até para quebrar o cofrinho de moedas e investir no evento. Em Campo Grande, duas aniversariantes lembram que foram zoadas na infância por conta da data, mas agora não abrem mão da festa de debutante.
Selmira Assumpção Machado é uma adolescente adulta. Nasceu no dia 29 de fevereiro e a data do aniversário permaneceu em seu registro. Está com 55 anos, mas se for levar em consideração a dia o nascimento irá completar 14 no mês que vem.
“Sempre fui motivo de piada por isso, mas é bom. Lembro que meu pai só me dava presente a cada quatro anos, fiquei um pouco traumatizada porque criança adora presentes e festa. Quando com 12 anos, completei 3 anos e ele me presentou com um relógio, fiquei tão feliz”.
Na última festa de aniversário, que aconteceu em 2016, Selmira reuniu os amigos e a família para comemorar mais um ano de vida. Para esse ano, ela ainda não planejou nada por conta do Carnaval, talvez, quem sabe, vai conseguir viajar para curtir a data na praia. “Não sei o que vou fazer. Vai ser logo depois do Carnaval, as pessoas estarão viajando e não quero comemorar fora do dia, pois espero quatro anos pra isso”.
Ela iniciou 2020 com o pé direito, toda sorridente e elegante posando ao lado de balões já aguardando o aniversário. Foram quatro anos de espera, agora é contagem regressiva e faltam apenas 60 dias para completar 14 anos.
Fevereiro é o mês das festas, então Selmira vai curtir a beça pulando Carnaval e encerrando o mês com o “parabéns”. O mesmo deve ocorrer com a professora Daniela Bomfim Rodrigues, 47 anos, ela relata que ter nascido no ano bissexto a traumatizou. “Só tinha festa a cada quatro anos e isso me desencantou”, diz.
A professora completa 12 anos no mês que vem, mas ainda está pensando no que vai fazer. “Não gosto de comemorar porque quando era criança tiravam muito sarro, não tinha aniversário todos os anos”, lembra.
Apesar do trauma, a adulta adolescente pensa em fazer sua festa de debutante, mas até lá estará com 60 anos. Será uma linda senhora na flor da idade comemorando a adolescência, dançando a tradicional valsa e usando vários vestidos.
